“Se um homem não conseguir olhar para o perigo e enfrentá-lo, deixa de viver. Se o pior acontecer, é porque o chamaram para pagar o preço da felicidade da vida”, Graham Hill, 1929-1975.
Este homem teve uma carreira longa e variada no automobilismo. Foi piloto, e depois proprietário de uma equipa, correu durante muito tempo, numa altura em que correr mais de cinco épocas sem desastres era um feito, e deteve o “record” de Grandes Prémios disputados, com 176 corridas. O primeiro “Rei do Mónaco”, que conseguiu após ganhar nas difíceis ruas do principado por cinco vezes, correu até aos 46 anos, como Juan Manuel Fângio, tornou-se também numa lenda, ao ganhar a “Tripla Coroa”: Mundial de Formula 1, as 500 Milhas de Indianápolis e as 24 Horas de Le Mans. Hoje falo de Graham Hill.
Nascido a 15 de Fevereiro de 1929 sob o nome de baptismo Norman Graham Hill, em Hampsted, um subúrbio de Londres, não teve uma infância fácil. Saiu da escola aos 16 anos, para ir trabalhar como aprendiz na Smiths Instruments. Aos 21 anos serviu durante dois anos na Royal Navy, como marinheiro. Quando o seu tempo acabou, voltou para a Smiths, e nos tempos livres, praticava remo na London Rowing Club. Mais tarde, iria adoptar o seu símbolo no capacete.
Um dia, viu um anúncio de uma escola de pilotagem, onde qualquer um podia conduzir, desde que pagasse cinco xelins por volta. Hill pagou o suficiente para dar quatro e ficou viciado na velocidade. Convenceu o dono da escola de condução que o empregasse como mecânico, desde que pudesse pilotar um dos seus carros. O dono concordou, mas nunca cumpriu a sua parte do acordo. Desiludido, foi para outra escola de condução, com o mesmo esquema, e cedo participou em corridas, conseguindo bons resultados.
Em 1957, depois de participar numa corrida em Londres, deu boleia a outro concorrente, de seu nome Colin Chapman. Na altura, ele já tinha fundado a Lotus, mas ainda pilotava os carros que fabricava. Hill tentou convencer Chapman para que o empregasse como mecânico, o que aceitou. Algum tempo depois, Hill convenceu Chapman para que o escolhesse como piloto da equipa, na sua estreia na Formula 1 em 1958. Hill estreou-se no GP do Mónaco com um Lotus 12, onde não terminou. Aliás, nesse ano, o seu melhor resultado foi um sexto lugar em Monza, mas como nessa altura, os pontos eram dados até ao quinto posto, Hill terminou a época sem pontuar.
Em 1959, Hill continua na Lotus, mas esta era uma equipa nos seus começos, e os resultados eram escassos, e acabou de novo sem conseguir pontos. Desiludido, foi para a BRM na época de 1960, onde as coisas começaram a mudar, com um terceiro lugar na Holanda. Esses quatro pontos deram-lhe o 15º lugar final. Em 1961, a época foi de luta, com poucos resultados de relevo. Aliás, a BRM, que estava na Formula 1 desde a sua época inicial, em 1950, só tinha ganho uma corrida…
Contudo, em 1962, as coisas mudaram: Sir Alfred Owen, o proprietário, lançou um ultimato à equipa: “ou ganham, ou retiro a equipa”. O chassis foi redesenhado por Tony Rudd, e o motor foi aperfeiçoado para dar uma potência de 190 cavalos. As alterações surtiram efeito: antes do GP da Holanda, prova inaugural do Campeonato do Mundo, Graham Hill ganhou três provas extra-campeonato, entre os quais o Richmond Trophy, em Goodwood, e o International Trophy, em Silverstone, batendo o Lotus 24 de Jim Clark.
Em Zandvoort, primeira prova do campeonato, Hill foi terceiro nos treinos, atrás de Jim Clark, no seu novo Lotus 25 de chassis monocoque e John Sutrees, num Lola. Na corrida, Clark partiu na frente, mas cedo, problemas na caixa de velocidades fizeram com que fosse apanhado por Hill. No final, o piloto britânico ganhava a corrida com 30 segundos de avanço sobre o segundo classificado, o Lotus de Trevor Taylor. Finalmente, a sua primeira vitória oficial, e o enguiço da BRM parecia estar quebrado.
Hill e a BRM iriam lutar pelo título, contra Clark e a Lotus. O homem da BRM ganhou em Nurburgring e em Monza, enquanto que o homem da Lotus ganhou em Spa-Francochamps e em Watkins Glen. Parecia que o título era de Hill, mas as coisas ainda tinham que ser resolvidas na prova final do calendário, na Africa do Sul. Nessa corrida, Clark fez a pole-position e liderou durante muito tempo, mas um problema com a pressão de óleo fez com que Clark desistisse e entregasse o título mundial da Graham Hill. Aos 33 anos, Hill e a BRM tinham chegado ao auge, com o piloto a validar 42 pontos (em 52 conseguidos).
Este homem teve uma carreira longa e variada no automobilismo. Foi piloto, e depois proprietário de uma equipa, correu durante muito tempo, numa altura em que correr mais de cinco épocas sem desastres era um feito, e deteve o “record” de Grandes Prémios disputados, com 176 corridas. O primeiro “Rei do Mónaco”, que conseguiu após ganhar nas difíceis ruas do principado por cinco vezes, correu até aos 46 anos, como Juan Manuel Fângio, tornou-se também numa lenda, ao ganhar a “Tripla Coroa”: Mundial de Formula 1, as 500 Milhas de Indianápolis e as 24 Horas de Le Mans. Hoje falo de Graham Hill.
Nascido a 15 de Fevereiro de 1929 sob o nome de baptismo Norman Graham Hill, em Hampsted, um subúrbio de Londres, não teve uma infância fácil. Saiu da escola aos 16 anos, para ir trabalhar como aprendiz na Smiths Instruments. Aos 21 anos serviu durante dois anos na Royal Navy, como marinheiro. Quando o seu tempo acabou, voltou para a Smiths, e nos tempos livres, praticava remo na London Rowing Club. Mais tarde, iria adoptar o seu símbolo no capacete.
Um dia, viu um anúncio de uma escola de pilotagem, onde qualquer um podia conduzir, desde que pagasse cinco xelins por volta. Hill pagou o suficiente para dar quatro e ficou viciado na velocidade. Convenceu o dono da escola de condução que o empregasse como mecânico, desde que pudesse pilotar um dos seus carros. O dono concordou, mas nunca cumpriu a sua parte do acordo. Desiludido, foi para outra escola de condução, com o mesmo esquema, e cedo participou em corridas, conseguindo bons resultados.
Em 1957, depois de participar numa corrida em Londres, deu boleia a outro concorrente, de seu nome Colin Chapman. Na altura, ele já tinha fundado a Lotus, mas ainda pilotava os carros que fabricava. Hill tentou convencer Chapman para que o empregasse como mecânico, o que aceitou. Algum tempo depois, Hill convenceu Chapman para que o escolhesse como piloto da equipa, na sua estreia na Formula 1 em 1958. Hill estreou-se no GP do Mónaco com um Lotus 12, onde não terminou. Aliás, nesse ano, o seu melhor resultado foi um sexto lugar em Monza, mas como nessa altura, os pontos eram dados até ao quinto posto, Hill terminou a época sem pontuar.
Em 1959, Hill continua na Lotus, mas esta era uma equipa nos seus começos, e os resultados eram escassos, e acabou de novo sem conseguir pontos. Desiludido, foi para a BRM na época de 1960, onde as coisas começaram a mudar, com um terceiro lugar na Holanda. Esses quatro pontos deram-lhe o 15º lugar final. Em 1961, a época foi de luta, com poucos resultados de relevo. Aliás, a BRM, que estava na Formula 1 desde a sua época inicial, em 1950, só tinha ganho uma corrida…
Contudo, em 1962, as coisas mudaram: Sir Alfred Owen, o proprietário, lançou um ultimato à equipa: “ou ganham, ou retiro a equipa”. O chassis foi redesenhado por Tony Rudd, e o motor foi aperfeiçoado para dar uma potência de 190 cavalos. As alterações surtiram efeito: antes do GP da Holanda, prova inaugural do Campeonato do Mundo, Graham Hill ganhou três provas extra-campeonato, entre os quais o Richmond Trophy, em Goodwood, e o International Trophy, em Silverstone, batendo o Lotus 24 de Jim Clark.
Em Zandvoort, primeira prova do campeonato, Hill foi terceiro nos treinos, atrás de Jim Clark, no seu novo Lotus 25 de chassis monocoque e John Sutrees, num Lola. Na corrida, Clark partiu na frente, mas cedo, problemas na caixa de velocidades fizeram com que fosse apanhado por Hill. No final, o piloto britânico ganhava a corrida com 30 segundos de avanço sobre o segundo classificado, o Lotus de Trevor Taylor. Finalmente, a sua primeira vitória oficial, e o enguiço da BRM parecia estar quebrado.
Hill e a BRM iriam lutar pelo título, contra Clark e a Lotus. O homem da BRM ganhou em Nurburgring e em Monza, enquanto que o homem da Lotus ganhou em Spa-Francochamps e em Watkins Glen. Parecia que o título era de Hill, mas as coisas ainda tinham que ser resolvidas na prova final do calendário, na Africa do Sul. Nessa corrida, Clark fez a pole-position e liderou durante muito tempo, mas um problema com a pressão de óleo fez com que Clark desistisse e entregasse o título mundial da Graham Hill. Aos 33 anos, Hill e a BRM tinham chegado ao auge, com o piloto a validar 42 pontos (em 52 conseguidos).
(continua amanhã)
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