Ainda não tivemos tempo para absorver os eventos de Las Vegas quando somos confrontados com mais um acidente mortal, desta vez no Moto GP. Esta manhã, em Sepang, o italiano Marco Simoncelli sofreu um acidente mortal quando sofeu um despiste e ele deslizou para o meio da pista, não conseguindo evitar que as motos de Colin Edwards e Valentino Rossi. O incidente correu na segunda volta da corrida e foi transportado para o centro médico do circuito, onde não resistiu aos ferimentos. Os organizadores decidiram cancelar a corrida.
Pelo que se conta - já não cheguei a tempo para ver o video - o acidente tem semelhanças ao que aconteceu ao japonês Shoya Tomizawa há cerca de um ano, na corrida da Moto 2 em Misano. Mostra-nos, mais uma vez que as provas de velocidade continuam a ser perigosas, por muito que se faça em termos de segurança dos pilotos, das máquinas e dos circuitos. E deve-se sublinhar que se fez imenso nos últimos anos, pois os acidentes graves e as mortes nas pistas diminuram imenso nos últimos vinte anos. E o melhor exemplo que se têm é que não ha mortes na Formula 1 desde 1994, quando se trata de pilotos, e desde 2001 quando se tratam de espectadores ou comissários de pista.
Já agora, a última morte no Moto GP foi em 2003, quando o japonês Dajiro Katoh perdeu o controle da sua moto e sofeu um forte embate contra o muro de proteção no GP do Japão, em Suzuka.
É triste, ver alguém a pagar o mais elevado preço de todos por fazer aquilo que mais gostava. É uma má noticia para receber quando acordas de manhã, especialmente quando ainda não absorveste o que aconteceu há precisamente uma semana com o Dan Wheldon na oval de Las Vegas. E fico com aquele receio de que as pessoas que nada entendem de automobilismo, motociclismo e outras categorias, mas entendem de sangue e morte, comecem a fazer especulações estupidas e a assustar as pessoas que não costumam seguir isto. Em suma, seguir a péssiam máxima do jornalismo: "good news is no news".
Ars lunga, vita brevis, Marco.
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