Já lá vão treze, e começa a ser previsivel, com um carro daqueles. Sebastian Vettel é o primeiro "poleman" da história do GP da India, numa primeira fila que não foi monopolizada pela Red Bull porque... Lewis Hamilton não deixou. Na tabela de tempos, porque depois na secretaria iria perder mais três posições devido à penalização de ontem. E por causa disso, irá largar do quinto posto, superado pelo Ferrari de Fernando Alonso e o seu companheiro na McLaren, Jenson Button.
E já agora: a 13ª pole-position de Sebastian Vettel na mesma temporada o coloca a par de Ayrton Senna e Alain Prost, demonstrando que, quem ainda tem dúvidas, que esse chassis é mesmo dos dominantes.
Mas vamos à qualificação em si. Com Sebastian Vettel a marcar o ritmo na terceira sessão livre, como que a mandar um aviso á navegação, a hora da verdade para definir os lugares na grelha de partida começou com uma pequena surpresa, que foi ver os Hispania na frente dos Virgin, com o local Narain Kartikeyan a ser melhor deles todos, na 21ª posição e a dar uma alegria aos locais. Mas depois, Kartikeyan mudou de caixa de velocidades e cairá para a última posição da grelha. Um esforço inutil, sem dúvida.
Os Lotus ficaram na frente desta gente toda e não passaram da Q1, mas ficaram acompanhados - com uma certa surpresa, diga-se - pelo Sauber-Ferrari do japonês Kamui Kobayashi. Mas ganhará um lugar amanhã na grelha de partida por causa da penalização que o seu compenheiro de equipa, o mexicano Sergio Perez, sofreu por ontem ter feito o seu melhor tempo debaixo de bandeiras amarelas.
Na Q2, o interessante foi ver que os Renault de Bruno Senna e Vitaly Petrov não terem conseguido entrar na Q3, ainda por cima com o piloto brasileiro na 15ª posição da grelha, sinal de que a sua "entrada de leão" parece se ter desvanecido, sendo portentosamente batido pelo seu companheiro, o russo Vitaly Petrov. Entre os dois pilotos, para além do Williams de Pastor Maldonado e do Force India de Paul di Resta, está também o Mercedes de Michael Schumacher, apenas 12º na tabela de tempos, atrás de Petrov. Mas como o russo terá de pagar por aquilo que fez a... Schumacher na Coreia do Sul - cinco lugares, caindo para o 16º posto, ficando na frente de... Senna - de uma certa forma, Schumacher sai beneficiado. Mas perde para os Toro Rosso.
Sim, os Toro Rosso estão em nítida subida de forma neste final de temporada. Começam a entrar mais facilmente na Q3 nestas últimas corridas, e na India entraram os dois: Jaime Alguersuari e Sebastien Buemi. Apesar de não terem dado qualquer volta nessa Q3, para poupar os seus pneus para amanhã, o fato de eles estarem na "pole-position" para conseguirem pontos amanhã já é uma vantagem, e poderão ameaçar Force India e Sauber no Mundial de Construtores.
Um pouco acima dos dois ficaram o Force India de Adrian Sutil e o Mercedes de Nico Rosberg. Podem ser lugares aos quais estão habituados, e as suas qualificações não terem sido as mais fantásticas, mas o fato de terem chegado ao Q3 e pensar legitimamente em pontuar amanhã já é um bom feito.
E na Ferrari, até pode haver um sabor amargo. Se Fernando Alonso desabafou no final que a primeira fila estava ao seu alcance, o sexto lugar de Felipe Massa sabe a frsutração, especialmente quando se sabe que não evitou uma saída de pista na sua última tentativa. O piloto brasileiro abusou na passagem sobre os corretores da curva 9 e acertou numa pequena lomba de cimento colocada no interior dos corretores. Com isso, Massa partiu a suspensão direita do seu monolugar e embateu - sem grande violência, diga-se - na barreira de pneus.
E com isso, foi-se a qualificação, amanhã é dia de corrida. E Buddh parece ter combinado o melhor de Hermann Tilke. Se isso se confirmar amanhã, então poderemos dizer que está é uma pista que tem tudo para dar certo. Ainda há hipóteses de redenção para o arquitecto alemão...
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