Três semanas depois de Zandvoort, máquinas e pilotos estavam em Spa-Francochamps para correr a terceira prova do ano, o GP da Belgica. A organização tinha convidado os pilotos a participarem na corrida, mas quando receberam 25 inscrições para a prova, descobriram que só havia dinheiro suficiente para 19 máquinas, logo, decidiu-se fazer uma seleção: dezasseis carros oficiais - Ferrari, BRM, Porsche, Lotus e Cooper - mais algumas paricipações especiais como a de Stirling Moss. Quanto ao resto, iriam ser selecionados os três melhores, o que implicaria a não-qualificação de seis carros.
Havia algumas estreias. Um trio de Lotus 18 estavam inscritos, e eram as entradas privadas dos britânicos Tony Marsh e Ian Burgess, e o alemão Wolfgang Seidel. Os Emmeryson da Ecurie Nationale Belge, guiados pelos locais Lucien Bianchi e Willy Mairesse também estavam ali, bem como um Cooper-Maserati da Scuderia Centro-Sud, pilotado por um jovem de seu nome Lorenzo Bandini. Outro dos que fazia a sua estreia absoluta era Jackie Lewis, num Cooper-Climax da H&L Motors.
Aí, os treinos foram marcados pelo forte acidente de Cliff Allison. Ele e Henry Taylor estavam inscritos pela BRP e a equipa tinha decidido fazer um teste entre os dois para ver qual deles iria correr. O veterano Allison, cuja melhor classificação de sempre tinha sido um segundo lugar no GP da Argentina do ano anterior, sofrera graves ferimentos nos joelhos e na pélvis, e viria a ser a sua última participação na Formula 1. Este acidente fez recordar os eventos do ano anterior, onde dois pilotos, Alan Stacey e Chris Bristow, tinham morrido, e demonsrou a periculosidade do automobilismo nesta pista rápida como Spa.
No final da qualificação, a primeira fila foi toda da Ferrari: o melhor foi Phil Hill, seguido por Wolfgang Von Trips e do local Olivier Gendebien, no carro inscrito pela Ecurie Nationale Belge. Na segunda fila estavam John Surtees e o quarto Ferrari de Richie Ginther, enquanto que na terceira estavam os BRM de Graham Hill e Tony Brooks, bem como o Lotus-Climax de Stirling Moss. A fechar o "top ten" estavam os Porsche de Dan Gurney e Richie Ginther.
Quanto a Emmeryson, os seus carros tinham sido danificados nos treinos, e os seus pilotos, os belgas Lucien Bianchi e Willy Mairesse, contaram com o beneficio da organização para poderem alinhar com dois dos Lotus 18 dos pilotos que tinham entrado inicialmente por Tony Marsh e Wolfgang Seidel.
A corrida foi uma discussão entre os Ferrari, que naquele dia eram os melhores carros do pelotão. mas não havia nada definido, logo, foi um duelo entre Hill e Von Trips, com alguma interferência de Gendebien e Ginther a fazer a volta mais rápida. O duelo terminou com os quatro Ferrari a terminarem nas quatro primeiras posições, algo demonstrador do dominio da marca de Maranello. Atrás, Graham Hill tinha até feito uma partida-canhão e ficado com o primeiro lugar por momentos, mas depois foi superado pelos Ferrari e entrado num duelo com Surtees pela quinta posição, acabando por ficar nas mãos deste último, quando Hill abandonou na volta 24 com uma fuga de óleo. O último lugar pontuável ficou nas mãos do Porsche de Dan Gurney.
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