Quinze dias depois do Canadá, máquinas estavam na Cidade do México, a mais de 2200 metros de altitude, para correrem o Grande Prémio do México, disputado no Autodromo Hermanos Rodriguez. Durante esse tempo, na Tyrrell, Harvey Postlethwaithe decidiu aceitar o convite de Peter Sauber, que estava nos Sport-Protótipos, mas tinha olhos para a Formula 1 com o apoio da Mercedes. Sauber decidira entrar em 1993 e queria que Postlethwaithe desenhasse o chassis.
As sessões de treinos, que começava sempre com as pré-qualificações, onde os Jordan passaram facilmente, mas que o Dallara de Emmanuelle Pirro ficava de fora, superado pelo Fondmetal de Olivier Grouillard, foram marcados pelo espectacular acidente de Ayrton Senna, que bateu forte na Curva Peraltada, virando o carro de cabeça para baixo no impacto contra o muro de pneus. Senna tinha se magoado num acidente de jet-ski uns dias antes e estava ainda combalido, logo, o seu tempo nos treinos iria ficar afetado.
E assim sendo, no final das duas sessões de qualificação, Riccardo Patrese fez a pole-position, com o seu companheiro Nigel Mansell ao seu lado. Ambos tinham batido estrondosamente o lider do campeonato, Ayrton Senna, que foi o terceiro. Ao seu lado, na segunda fila, estava o Ferrari de Jean Alesi, que superara Gerhard Berger, o quinto. A seguir vinha o Benetton de Nelson Piquet, o segundo Ferrari de Alain Prost e o Tyrrell-Honda de Stefano Modena. A fechar o "top ten" ficavam o segundo Benetton de Roberto Moreno e o surpreendente Fondmetal do francês Olivier Grouillard, que ficara na frente do Jordan de Andrea de Cesaris.
Se estes dois tiveram performances fenomenais, afinando bem os seus carros, pior ficaram os quatro que não conseguiram se qualificar: o Ligier-Lamborghini de Eric Comas, o Arrows - Porsche de Stefan Johansson e os AGS de Fabrizio Barbazza e Gabriele Tarquini.
Sob céu azul, os carros estavam prontos para largar quando o diretor de corrida viu o que parecia ser um fumo vindo do Dallara-Judd de J.J. Letho e abortou a partida. Contudo, não passava de uma ilusão e o diretor tinha-se percipitado ao imterromper a partida. Pouco depois, nova volta de aquecimento e depois, quando se preparava para nova partida, Olivier Grouillard decide desligar o motor, pensando que ao ver bandeiras amarelas, a corrida tinha sido interrompida. Mas não. A largada foi abortada pela segunda vez, e iniciou-se nova volta de aquecimento e um terceiro procedimento de largada, desta vez sem problemas.
Aí, Mansell foi o melhor, seguido por Alesi, que tinha dado um salto espectacular do quarto posto, Senna e Patrese, que não fizera uma grande largada. Rapidamente, Senna e Patrese passaram Alesi, e o italiano perseguiu o brasileiro até o conseguir ultrapassar para o segundo lugar. Enquanto isso acontecia, o motor de Berger explodia na volta cinco. Pouco depois, na volta onze, Patrese passa Senna e ao mesmo tempo, Mansell começou a ter problemas de motor, que ajudou na aproximação do seu companheiro de equipa. Ali, começou um duelo entre os dois, mas no final da volta catorze, Patrese foi mais espertto que Mansell e passou para a liderança.
Atrás, Alesi tinha passado Senna e estava a tentar passar Mansell quando fez um pião na zona lenta do curcuito, perdendo alguns lugares. Modena ficou com o quarto posto, mas perdeu para Piquet. Pouco depois, Prost retira-se devido a problemas com o alternador, e Mansell perdia velocidade, fazendo aproximar a concorrência. Senna e Piquet tentaram passá-lo, mas não conseguiram.
A corrida continuava com todos não muito afastados uns dos outros, mas na volta 42, Alesi - que tinha passado Moreno e De Cesaris - retirava-se com embraeagem partida. Duas voltas depois, Piquet retirava-se com um cubo de roda quebrado. Com isto, De Cesaris subia para o quarto posto com o seu Jordan, uma situação inédita até então. Roberto Moreno perdeu tempo devido a problemas de comunuicação com a sua boxe, e caiu para o sexto posto. Depois ganhou uma posição quando o Jordan de Bertrand Gachot se despistou.
No final, Patrese deixou que Mansell se aproximasse, mas não cedeu a vitória, dando à Williams o seu primeiro triunfo do o chassis FW14. Um triunfo com quinze dias de atraso, diga-se. O veterano tinha quebrado a série de sete vitórias de pilotos brasileiros e por fim, o projeto de Adrian Newey tinha mostrado todo o seu potencial de um carro vcencedor, e o fato de ele e Mansell terem ficado longe de Senna, o terceiro a 57,356 segundos e Patrese, fazia com que começassem a ter esperança em recuperar a diferença perdida e alcançar o título.
Atrás, Andrea de Cesaris empurrava o seu Jordan para a meta e o quarto posto final, a uma volta do vencedor. Chegou a ser desclassificado mas depois os comissários viram que ele tinha empurrado quando a corrida já tinha acabado. Roberto Moreno e Eric Bernard, no seu Lola-Larrousse, ficavam com os restantes lugares pontuáveis.
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