Takahashi, que morreu nesta quarta-feira aos 82 anos, começou a sua carreira no motociclismo, bem novo, aos 18 anos. Piloto da Honda, começou a correr nos 125 e 250cc a partir de 1960, com o seu grande ano a ser o de 1961, sendo quarto classificado em ambas as categorias, e alcançando cinco vitórias, uma delas no GP da Irlanda do Norte, na classe 125cc. Contudo, um acidenta grave no Man TT de 1962 fê-lo pensar em se transferir para as quatro rodas, que achava mais seguro.
Uma década depois, em 1975, começou a participar na Formula 2 japonesa, a percursora da Super Formula, acabando por ser vice-campeão em 1977, o ano da sua única participação na Formula 1. Continuando a competir nas quatro rodas, nos anos 80 passou para a Endurance e os GT's, sendo campeão japonês por quatro vezes, pela Team Advan, patrocinado por uma marca de pneus local. E foi a correr com eles que em 1986 fez a sua estreia em Le Mans. Que acabou de forma trágica, quando um dos seus companheiros, o austríaco Jo Gartner, perdeu o controlo do seu carro a meio na noite, nas Hunaudriéres, e acabou por morrer.
Em 1994, aos 54 anos de idade, montou o seu Team Kuimitsu, para correr na temporada inaugural da Super GT, conseguindo vitórias até 1999, altura em que ele já tinha 59 anos, a bordo de um Honda NSX GT2. Nesse ano, retirou-se e tomou conta da equipa até triunfar em 2018, com Naoki Yamamoto e o britânico Jenson Button, o campeão do mundo de Formula 1 em 2009.
Kunimitsu Takahashi foi uma lenda no automobilismo japonês e uma personagem incontornável na paisagem automobilística. E o seu desaparecimento é certamente um dia tristemente marcante. Desaparece a pessoa, fica a lenda. Ars longa, vita brevis.
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