A semana passada ficou marcada no Bahrein pela comemoração do segundo aniversário das primeiras manifestações contra o regime sunita, que manda no país, mas é a minoria em termos de população. As coisas, que andavam um pouco mais calmas nos últimos tempos, voltaram a agitar-se e duas pessoas já foram mortas, uma delas um adolescente.
Como seria de esperar, estas manifestações, apesar de acontecer num ambiente mais calmo do que anteriormente - e numa altura em que ambos os lados estavam a ter conversações - o perigo de uma escalada está sempre presente e o risco da Formula 1 ser usado como uma arma de arremesso por parte da oposição é bem real, já que o Grande Prémio vai acontecer a 21 de abril, uma semana depois do GP da China. E em dois meses muita coisa poderá acontecer.
Claro, do lado de Bernie Ecclestone, a corrida irá acontecer, a qualquer custo: “Temos um evento programado lá, assim como lá estaremos da mesma forma como estivemos no ano passado”, decretou. Mas como é sabido, nos corredores da FIA e nas mentes de muita gente nas equipas, a perspectiva de voltar à pequena ilha do Golfo Persico é pouco menos do que um pesadelo. Claro, o governo irá fazer de tudo para assegurar a segurança de pilotos, dirigentes, engenheiros e mecânicos, mas a ideia de que tudo vai voltar de novo é algo do qual não sai da cabeça de muita gente. Especialmente porque por aquelas bandas, a Formula 1 é a "má da fita".
As equipas estão "amarradas" pelos contratos a irem a tudo onde Bernie mandar, e o governo local paga 40 milhões de dólares - se calhar um pouco mais, se ele usou "a sua magia" para os convencer a que fossem por lá - para os ter por ali. E nenhum dos lados se importa que a Formula 1 apareça num pais em que tudo esteja herméticamente fechado para que "o espectáculo continue".
O chato é que com isto, a reputação de ambos os lados vai por água abaixo... e cada vez mais passe a ideia de que em termos políticos, a Formula 1 precise de caras novas e ideias novas.
As equipas estão "amarradas" pelos contratos a irem a tudo onde Bernie mandar, e o governo local paga 40 milhões de dólares - se calhar um pouco mais, se ele usou "a sua magia" para os convencer a que fossem por lá - para os ter por ali. E nenhum dos lados se importa que a Formula 1 apareça num pais em que tudo esteja herméticamente fechado para que "o espectáculo continue".
O chato é que com isto, a reputação de ambos os lados vai por água abaixo... e cada vez mais passe a ideia de que em termos políticos, a Formula 1 precise de caras novas e ideias novas.
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