Não é de hoje que a Formula 1 teve pilotos pagantes, mas nesta era de crise, e onde fora dos "quatro grandes" (Ferrari, McLaren, Red Bull e Mercedes) todos os outros penam para ter dinheiro suficiente para terminar a temporada sem problemas, os estreantes são muitos: seis, pelo menos. E os que têm talento, mas não tem a carteira suficientemente funda para poder ficar, queixam-se amargamente da atual situação da Formula 1, como o catalão Jaime Alguersuari.
Despedido da Toro Rosso no final de 2011, esteve a ser piloto de testes da Pirelli em 2012, e apostou todas as suas energias num regresso à categoria em 2013, só que foi preterido por alguém... com dinheiro. “Nunca imaginei que depois da decisão incompreensível da Red Bull me deixar de fora, acabasse fora da Formula 1 em 2013. Tive garantias duma equipa que habitualmente pontua, declinei outros convites fora da Formula 1 e agora tudo acabou. Vou continuar a testar com a Pirelli, e farei mais quilómetros do que qualquer terceiro piloto. Estou convencido que mereço um lugar na Formula 1 e continuarei a lutar por isso.”, referiu.
A queixa de Alguersuari, de 23 anos, tem alguma razão, pois ele foi apontado para a Sauber e a Force India, mas ambas decidiram que iriam apoiar outros pilotos. No caso da equipa suiça, arranjaram uma dupla totalmente nova, com o alemão Nico Hulkenberg e o estreante mexicano Esteban Gutierrez, e no caso da Force India, ainda andam com a saga do segundo piloto, que muito provavelmente está reduzido a um duelo entre o francês Jules Bianchi e o alemão Adrian Sutil.
A ideia de "leilão" que fica, com as equipas a preferirem pessoas com dinheiro do que talentos, não é mais do que uma resposta prática e pragmática ao que se passa por lá. A qualidade decai, é certo, mas tenta-se salvar as equipas, evitando-se que mais abandonem o barco, depois da HRT ter feito isso no final da temporada passada. Mas depois temos de pensar que em 2014 haverá novas regulamentações, que implicam avultados investimentos na construção de carros e motores.
Exemplo disso é a entrevista que Martin Withmarsh, o patrão da McLaren, deu no final da semana passada à Autosport britânica. quando ele diz que sete das onze equipas de Formula 1 "entraram em modo sobrevivência", acrescentando que estes terão dificuldades para manter "um modelo de negócio viável" nos próximas temporadas. E toca num nervo sensível: as equipas mais pequenas não recebem uma renda suficiente dos direitos comerciais da Formula 1, vindas de Bernie Ecclestone.
Apesar de tudo, Withmarsh - que é o presidente da FOTA - elogia Ecclestone pelo seu trabalho: "Nós podemos criticá-lo, mas ele está fazendo um trabalho melhor do que o nosso. Está mantendo o dinheiro em nome dos seus empregadores. O dinheiro comanda este desporto, e isso é profundamente frustrante para alguns de nós, mas é o trabalho dele. Se as equipes ano são coesas o suficiente para trabalhar em conjunto e garantir uma fatia maior, então devem culpar a si mesmas", falou.
Apesar de tudo, Withmarsh - que é o presidente da FOTA - elogia Ecclestone pelo seu trabalho: "Nós podemos criticá-lo, mas ele está fazendo um trabalho melhor do que o nosso. Está mantendo o dinheiro em nome dos seus empregadores. O dinheiro comanda este desporto, e isso é profundamente frustrante para alguns de nós, mas é o trabalho dele. Se as equipes ano são coesas o suficiente para trabalhar em conjunto e garantir uma fatia maior, então devem culpar a si mesmas", falou.
Esta é, se calhar, a interpretação mais grave deste "leilão": o aumento de custos, cada vez mais incontrolável, apesar de existir um regulamento de controle de custos em relação à pesquisa e desenvolvimento dos carros, que é aplicado por todos. Só que, aparentemente, começa a não ser suficiente para sustentar as equipas sem ter de recorrer à figura do "piloto pagante".
Para piorar as coisas, temos noticias cada vez mais perturbadoras em relação ao novo Acordo de Concórdia, que segue teimosamente sem ser assinado, depois do anterior se ter expirado no final do ano passado. Com o novo Acordo, as equipas receberiam uma percentagem maior das receitas da Formula 1, passando de 47 para 63 por cento de um bolo avaliado em 1,2 mil milhões de euros em 2012, mas existe uma tensão com Jean Todt, o presidente da FIA, cujas relações com Ecclestone são cada vez mais frias, por causa dos regulamentos para 2014. Ecclestone já disse por mais do que uma vez à imprensa que "a Formula 1 pode seguir o seu caminho", se a FIA continuasse a impôr as suas regras. E o anãozinho já disse por mais do que uma vez de que não gosta dos motores Turbo.
Dá a ideia de a Formula 1 poderá passar num futuro próximo por uma luta pelo poder, do qual seria a última coisa que precisaria neste momento. E é por isso que digo que, de muitas maneiras, este pode ser o ano da sobrevivência da Formula 1.
Para piorar as coisas, temos noticias cada vez mais perturbadoras em relação ao novo Acordo de Concórdia, que segue teimosamente sem ser assinado, depois do anterior se ter expirado no final do ano passado. Com o novo Acordo, as equipas receberiam uma percentagem maior das receitas da Formula 1, passando de 47 para 63 por cento de um bolo avaliado em 1,2 mil milhões de euros em 2012, mas existe uma tensão com Jean Todt, o presidente da FIA, cujas relações com Ecclestone são cada vez mais frias, por causa dos regulamentos para 2014. Ecclestone já disse por mais do que uma vez à imprensa que "a Formula 1 pode seguir o seu caminho", se a FIA continuasse a impôr as suas regras. E o anãozinho já disse por mais do que uma vez de que não gosta dos motores Turbo.
Dá a ideia de a Formula 1 poderá passar num futuro próximo por uma luta pelo poder, do qual seria a última coisa que precisaria neste momento. E é por isso que digo que, de muitas maneiras, este pode ser o ano da sobrevivência da Formula 1.
1 comentário:
Nooosssaaaa, a f-1 tá assim há tempos...e ele mesmo, Alguersuari é um exemplo disso...porque por competencia ele e mais um tantão não estariam ou estiveram na f-1.
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