(...) Trabalhando para a Sunbeam, em 1924, aos 39 anos, pede para que se faça num carro especial para bater o recorde de velocidade em terra. Com isso nasce o 350HP, que tem um motor V12 com esse número de cavalos. Pintado no azul que se tornara a sua cor da sorte, foi para a praia de Pendine Sands, no País de Gales, faz 235.22 km/hora, marcando o seu primeiro recorde mundial em terra.
No ano seguinte, pilota um Chrysler Speed Six e torna-se no primeiro piloto a fazer Brooklands a uma velocidade média de 160 km/hora - cem milhas por hora - e voltou ao seu 350HP para fazer 242,8 km/hora, o primeiro a fazer as 150 milhas por hora. O recorde aguentou-se por sete meses, até ser batido por Henry Segrave, no primeiro dos seus recordes mundiais.
Sabendo que o carro tinha os seus limites, começou a construir outro. Projetado por ele e com um motor Napier, tornou-se no primeiro dos Bluebird. Tinha um motor W12 de 23,2 litros, que tinha 502 cavalos, e em fevereiro de 1927, em Pendine Sands, tentou a sua sorte no recorde de velocidade. Apesar de andar perto dos 320 por hora - 200 milhas por hora - no final das suas passagens, conseguiu 281.45 km/hora, suficiente para que o recorde de velocidade voltasse para as suas mãos.
Mas menos de um mês depois, Henry Segrave conseguiu bater a barreira das 200 milhas por hora. Campbell não queria ver os carros passar, e decidiu modificar o seu carro, rebatizando-o de "Bluebird III". Pediu um motor Supermarine S.5, com 900 cavalos, vindo da aeronáutica, e adaptou-o ao seu carro. Melhorando-o aerodinamicamente nas instalações da Vickers, com uma cauda para efeitos aerodinâmicos, onde foram colocados os radiadores. Quando o carro foi mostrado, um jornal francês comparou-o... a uma baleia. (...)
E é sobre ele e os seus feitos que escrevo este mês no site Nobres do Grid.
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