O desenhista e cartoonista britânico Jim Bamber, conhecido pelos seus cartoons na Autosport britânica, morreu hoje aos 65 anos. Dono e senhor de um dos humores mais mordazes do automobilismo, desenhando ao longo de mais de 30 anos, já se encontrava doente há algum tempo.
Nascido em Preston, em 1948, estudou no Harris College of Art, onde após isso foi para Londres para ser ilustrador em várias revistas, como a Autocourse. No meio disto tudo, começou a desenvolver um gosto para o cartoon, especialmente para os ralis, criando os famosos cartoons dos capacetes. Segundo ele, isso aconteceu depois de se inspirar numa fotografia do Stig Blomqvist. Com isso, começou a desenhar situações relacionadas com os ralis, mas a partir de 1983, primeiro na "Car and Car Conversations", depois na Autosport britânica, onde começou a desenhar também a Formula 1, dando forma aos cartoons com forma de capacete. A partir de 1994, desenhava uma vez por semana para a revista.
Normalmente, todos eram desenhados com capacetes, com algumas notórias excepções. Os dirigentes - Bernie Ecclestone era desenhado com os seus óculos com cifrões no lugar das lentes - e Stirling Moss, notóriamente quando em 1998, fez um cartoon onde, quando um reporter perguntava a um fã de Damon Hill quem tinha sido o melhor piloto de todos os tempos, e com Schumacher a apontar uma arma, este era ameaçado pelo piloto britânico, com um capacete diferente, a dizer: "É Moss, diz isso a ele".
Seu humor mordaz não poupava ninguém e desenhava sobre tudo que tinha quatro rodas e um volante, fosse em pista, fosse em estrada. E desenhava, claro, sobre a atualidade automobilística, qualquer situação que sempre valesse a pena falar. E em cada final do ano, fazia um álbum, onde colocava por lá o que de melhor se passou, e onde fazia rir todos os amantes do automobilismo. E com isso, ao longo dos anos, fez ganhar a admiração de todos os petrolheads.
Foi-se a pessoa, ficaram os desenhos. Ars lunga, vita brevis.
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