Jackie Stewart durante o GP da Holanda, no circuito de Zandvoort, a bordo do seu Matra MS10 Cosworth, a caminho da sua primeira vitória da temporada.
Não foi uma primavera fácil para Stewart, aquela de 1968. Tinha chegado à Matra devido à amizade com Ken Tyrrell, seu parceiro nos seus tempos de Formula 2, em 1964, antes de ir para a BRM, no ano seguinte.
De 1965 a 67 conseguiu duas vitórias e oito pódios, mas na maior parte das vezes não terminava por culpa do pouco fiável - e o estranho motor H16 valvulas. Mas em 1968, Stewart vivia um grande pressão. Um "make it or brake it", digno do estofo de campeão.
Em maio, Jim Clark estava morto, e Stewart sofre um acidente em Jarama, durante uma prova de Formula 2, uma semana antes da corrida de Formula 1, que o colocou fora de cena por duas provas. Parecia ter batido num ponto baixo, não tão baixo como o que tinha acontecido dois anos antes, depois do seu acidente no GP da Bélgica de 1966, que o fez repensar acerca da segurança da Formula 1 até então.
Contudo, em Zandvoort, o escocês mostrou o seu estofo, ao dominar a corrida holandesa de fio a pavio, dando um minuto e meio de vantagem ao seu companheiro de equipa, Jean-Pierre Beltoise, que guiava o mesmo chassis, mas com motor Matra V12. Foi uma grande demonstração, uma forma de mostrar ao mundo que estava de volta.
Mas nem ele, nem o resto do mundo sabia que isto era o começo. Um começo que culminou com três títulos mundiais e o seu lugar na História do automobilismo.
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