Walter Rohrl, o seu navegador, Christian Gesistdorfer, Ferndinand Piech e o diretor do Salão automóvel de Essen, em 1984, para comemorar o título mundial da Audi nos Ralis, com o seu modelo Quattro.
Piech, morto no passado domingo aos 82 anos, sempre foi alguém que quis modelos que sabiam ser revolucionários, pensando fora da caixa, apesar dos seus métodos serem... aterrorizantes. A ideia do Quattro veio do engenheiro Jorg Bensinger, depois de ver as performances do Volkswagen Iltis, o todo-o-terreno da marca, desenvolvido para a Wermarcht, o exército da Alemanha Ocidental. Bensinger achou interessante se adaptassem um Audi 80 com esse sistema, e o desenvolvia nos tempos livres, em conjunto com Walter Tresser, o diretor de desenvolvimento. Piech soube disso e deu "luz verde" ao desenvolvimento, secretamente.
O Quattro ficou pronto para ser apresentado no Salão Automóvel de Genebra, em março de 1980, e decidiu-se que os ralis seriam a plataforma ideal para serem mostrados. Um "carro zero" participou no Rali do Algarve desse ano, e em 1981, venceu o seu primeiro rali, na Suécia, com Hannu Mikkola ao volante. Mas este foi o carro que deu a conhecer Michele Mouton, que no final desse ano, em Sanremo, se tornou na primeira - e até agora única mulher - a vencer uma prova do WRC. Acabou sendo vice-campeã em 1982, batida por Rohrl, mas o essencial tinha sido alcançado: a Audi era campeã de marcas, com um carro que iria marcar uma década. E claro, abrir caminho para os monstros do Grupo B.
O carro deu mais um título mundial em 1984 e correu até 1986, com mais variantes. Com o final do Grupo B, a marca alemã acabou por abandonar o WRC, para não mais voltar. Os carros de estrada foram fabricados até 1991, mas a tecnologia das quatro rodas motrizes veio para ficar no Mundial de Ralis.
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