Muito antes de "Grand Prix", Hollywood tinha interesse em dramas automobilísticos. Em 1955, onze anos antes do filme de John Frankenheimer, estreou-se "The Racers", um filme baseado na carreira de Rudolf Caracciola. E tinha Kirk Douglas no principal papel.
A história é simples: Gino Borghesa, um piloto, conhece uma bailarina, Nicole Laurent, cujo cão de estimação causa um acidente na pista. Ela ajuda a adquirir um novo carro e começam um romance, com ele a avisar que o automobilismo está em primeiro lugar. As suas performances eram de tal forma fora de controlo que mata um mecânico e depois causa um acidente numa corrida em Bruxelas, onde é atirado para o hospital. Regressa à competição, mas fica viciado em morfina, para acalmar as dores.
No final, a sua fama decai, a sua namorada abandona-o e é ultrapassado por um piloto mais novo.
O filme, a preto e branco, tem como base um livro escrito por Hans Ruesch (1913-2007), um suíço que foi piloto antes e depois da II Guerra Mundial, antes de ser escritor e ativista dos direitos dos animais. O filme teve cenas filmadas durante a temporada de 1954 em pistas como Spa-Francochamps, Nurburgring, Reims e Mónaco. Não foi aparentemente um grande sucesso nas bilheteiras, mas pavimentou o caminho para outros filmes que apareceram nas décadas seguintes, desde "Grand Prix" e "Le Mans", até aos dias de hoje.
Falo disto hoje num tributo a Kirk Douglas, um dos mais carismáticos atores dessa época, que tee uma vida - e carreira - longas, com descendência. Morreu ontem aos 103 anos de idade, sendo um dos últimos moicanos de um tempo que não volta mais.
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