sexta-feira, 7 de maio de 2021

A imagem do dia


Muitos na Grã-Bretanha conheciam Sir Leslie Marr como sendo um pintor paisagista, um dos mais aclamados do seu tempo. Mas apesar da origem aristocrática - herdou o título de Barão com dez anos de idade, quando o seu avô, James Marr, faleceu - e de ter servido na Royal Air Force na II Guerra Mundial, ele também teve uma carreira interessante no automobilismo. Com passagens pela Formula 1, guiando o Connaught inscrito por ele mesmo.

Começando a correr após a II Guerra Mundial, a sua carreira foi relativamente curta, porque aconteceu em paralelo com o despertar da sua carreira artística. Tinha conseguido uma graduação em Engenharia em Cambridge, foi servir o país com distinção na Palestina, onde ficou interessado na pintura. Após a guerra, frententou a Heatherley's Art School em Pimlico, um bairro de Londres, sob o professorado de David Bomberg. Com o tempo, viajou pela Europa e o automobilismo foi uma curta experimentação.

Em 1954, inscreveu o seu Connaught para o GP da Grã-Bretanha, onde o levou até ao fim na 13ª posição, a oito voltas do vencedor, Froilan Gonzalez, depois de partido da 22ª posição da grelha. Tentou a sorte no ano seguinte, quando o GP britânico foi em Aintree, mas desistiu na olta 19 quando os seus travões cederam.

Marr ainda correu por mais algum tempo, conseguindo triunfar na III Cornwall M.R.C Formula 1 Race realizada em Davidstow, na Cornualha britânica, e em 1956, foi quarto classificado no GP da Nova Zelândia, num Connaught-Jaguar, numa prova vencida por Stirling Moss. Pouco tempo depois, pendurou o capacete para se dedicar à pintura, onde se tornou um dos mais famosos paisagistas da Grã.-Bretanha, vivendo em vários locais, incluindo a ilha de Arran, no oeste escocês, e os seus quadros estão expostos em diversos museus na Grã-Bretanha.

Leslie Marr morreu esta terça-feira, aos 98 anos. Era um dos últimos sobreviventes dos primeiros tempos da Formula 1.

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