Mario Muth é um cineasta "freelance" baseado em Londres, onde anda a coleccionar entrevistas às pessoas que estiveram ligadas a esse mundo fascinante que é a Formula 1. Aos poucos, vai conseguindo algumas coisas bem interessantes de se ver. A mais recente das quais é uma entrevista ao jornalista Maurice Hamilton, que trabalha no meio há mais de 35 anos, e que escreveu para jornais como o The Guardian, revistas como a Autocar e Autosport, e colaborou diretamente para a BBC Radio.
Na entrevista, eu captei duas coisas bem interessantes. Uma delas acontece bem no inicio, quando fala sobre a sucessão de Bernie Ecclestone. "Não sei se quero estar por perto quando Bernie parar. Acho que vai haver sangue por um ano, pois vai haver fações que lutarão pelo seu controle e provavelmente terás duas ou três pessoas a fazerem aquilo que Ecclestone faz hoje. Não digo que ele faça certo ou que seja bom naquilo que faz, mas ele é a "cola" que une a Formula 1. E quando essa cola desaparecer, aquilo vai se tornar numa zona. Irá haver muita discussão, muita politicagem, e para mim, será a ocasião ideal para dizer: 'foi bom, tenho excelentes recordações, mas está na hora de sair'"
A segunda coisa que captei nesta entrevista acontece à volta dos 30 minutos, quando ele discute a ideia se a Formula 1 é um desporto de competição ou é um espectáculo de entretenimento. Ele responde: "Em certos aspectos é definitivamente um negócio, na área do entretenimento, mas no computo geral, é um desporto. (...) A minha parte favorita é sempre a hora anterior à corrida. A tensão está sempre a aumentar e sentes isso no ar. Os mecânicos, quando colocam os fatos, fumam o seu último cigarro, os jornalistas que vagueiam a grelha... todos estão um grau acima do normal, estão excitados com o que vêm a seguir. Alguns te dizem 'boa sorte para a corrida', quando sabes que não vais correr... é por isso que para mim essa é a melhor altura do fim de semana, nunca falha".
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