sábado, 10 de agosto de 2013

A dança das cadeiras no WRC para 2014

A temporada de 2014 vai ser pródiga em novidades. A entrada em cena da coreana Hyundai vai colocar as coisas em quatro fabricantes, cinco, se contarmos com as participações esporádicas da Mini, através da Prodrive. Com essa entrada, e o desenvolvimento do modelo i20 para que tudo esteja pronto dentro de quatro meses em Monte Carlo, poderá acontecer que o panorama do WRC em 2014 esteja amplamente modificado.

Começa-se pela marca coreana. Com mais de 80 milhões de euros vindos de Seoul para investir, no sentido de desenvolver o carro, o facto do modelo i20 começar a mostrar sinais de competitividade despertou o interesse de vários pilotos de fábrica, sendo que dois deles são Mikko Hirvonen e Petter Solberg. Hirvonen, provavelmente vendo os dias na Citroen já contados, poderá buscar por eles para se manter no WRC. Pelo menos, o seu "manager", Timo Johuki, admite que vai bater à porta da marca. Quanto a Petter Solberg, afastado do WRC nesta temporada, já expressou o desejo de regressar ao Mundial em 2014, e os coreanos seriam uma boa hipótese.

Contudo, tudo depende de quantos carros a marca vai querer colocar na estrada. Partindo do principio que colocarão dois pilotos, eles neste momento têm três a desenvolver e a testar o carro: o finlandês Juho Hanninen, o francês Bryan Bouffier e o australiano Chris Atkinson. A marca poderá querer ter algum nome sonante para 2014, mas ainda é cedo para se dizê-lo.

Quanto à Volkswagen, pode-se dizer que têm a situaçao tranquila. Ela vai acabar o ano a conquistar ambos os títulos na sua temporada de estreia, graças a Sebastien Ogier, e em principio, não haverá alterações na sua equipa, com Ogier, o finlandês Jari-Matti Latvala e o norueguês Anders Mikkelsen

Mas nos lados da Citroen, que dominava o campeonato nos últimos anos, graças a Sebastien Löeb, as coisas são completamente diferentes. Procurando por alguém após Löeb (ele não volta em 2014, por estar no WTCC), os desempenhos de Mikko Hirvonen e Dani Sordo são considerados como decepcionentes. Nenhum deles venceu ralis e nos últimos tempos, os seus desempenhos - especialmente no caso de Sordo - tem sido demasiado modestos para os pergaminhos da marca francesa. 

Daí que eles possam pensar numa dupla totalmente nova, com Thierry Neuville e o polaco Robert Kubica. Yves Matton admitiu isso, e já disse que iria dizer algo após o Rali da Alemanha, no final deste mês. Mas o polaco já disse que essa é uma das hipóteses, para além de uma temporada em pista, provavelmente no WTCC ou DTM. E claro, ele ainda não colocou de lado o regresso à Formula 1. Oura boa hipótese para a Citroen poderá ser o britânico Kris Meeke, que fez um bom rali na Finlândia, tem o apoio da Abu Dhabi, e que neste momento está disponível para correr.

Na Ford, Malcom Wilson pensa em manter o alinhamento deste ano, constituido por Mads Ostberg, Thierry Neuville e Evgueny Novikov. Mas o patrão da M-Sport gosta também dos desempenhos do galês Elfyn Evans, e vai tentar manter os seus três pilotos, já que dois deles, Novikov e Ostberg, também pensam em entrar no comboio da Hyundai no ano que vêm. Apesar da M-Sport estar a desenvolver os modelos R5, não quer perder competitividade perante uma concorrência que vai se alargar a partir do ano que vêm. E com pilotos suficientemente jovens e com potencial para vencerem e serem campeões do mundo, o patrão da M-Sport não os quer pderder, para ajudar a desenvolver o modelo Fiesta.

Em suma, apesar de ainda faltar mais algumas provas para o final da temporada, tudo indica que já iremos ter em breve um campeão. E a entrada em cena de um novo construtor também fará com que as águas se agitem mais um pouco no mundo do WRC. 

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