Sean Bratches, o diretor comercial da Formula 1, admitiu este fim de semana à Autosport britânica que tem pelo menos 40 promotores interessados em receber o campeonato. Bratches afirmou que, com o atual Acordo da Concórdia, o limite é de 25 datas no calendário, e que tem como prioridade os circuitos citadinos.
"Hoje, pelo Acordo de Concordia, o máximo de corridas que podemos ter é 25. Nos sete meses desde que cheguei aqui, provavelmente 40 cidades me abordaram com interesse em sediar um GP da Formula 1, o que é extremamente encorajador", começou por dizer.
"Historicamente tem sido um processo reativo em termos de cidades vindo à Formula 1 com interesse. Estamos tentando ser mais proativos com relação a identificar cidades e locais que acrescem à nossa marca e estratégia de ter mais corridas onde é possível ativar grandes bases de fãs - particularmente nos centros urbanos", continuou.
Bratches afirmou também na entrevista que deseja uma reorganização do calendário. Segundo ele, a Formula 1 deveria pensar em regionalizar o calendário por questões logísticas e comerciais, e assim, a temporada seria dividida numa parte asiática, europeia, das Américas e dos Estados Unidos.
"Hoje a Formula 1 anda um pouco por todo o mundo sem qualquer tipo cadência. Num mundo ideal - e esquecendo da ordem - você teria o primeiro terço da temporada na Europa, o segundo nas Américas e o último nos Estados Unidos. O que isso faz é permitir eficiência em termos de logística. Quando viajamos pela Europa fora, temos a circular 350 camiões ao nosso dispor para levar [os materiais] de um lado a outro - e mais de dez Boeings 747 quando precisamos viajar pelo mundo", comentou.
"A outra oportunidade que cria, do ponto de vista do fã, é poder dizer que 'pelos próximos dois ou três meses você vai acordar cedo para assistir aos Grandes Prémios, nos dois depois disso vai ser à tarde e depois à noite'. Para a consolidação da audiência, acho que é interessante tentar. Da parte comercial, se você tem uma entidade que opera apenas na Europa, é muito difícil ativar para as corridas na Europa, por que entramos e saímos o tempo todo. Ter essa divisão [geográfica] até que cria oportunidades de patrocínio", concluiu.
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