Cinquenta anos passaram entre estas duas fotos, mas as pessoas partilham o mesmo nome e a mesma paixão pelo automobilismo. Neste dia, em 1959, Jack Brabham empurrava o eu Cooper para a linha de meta para conseguir o seu primeiro título mundial, o primeiro de um carro com motor traseiro, completando a revolução que tinha começado quase dois anos antes, quando Stirling Moss vencera o GP da Argentina, a bordo de um carro semelhante.
Em 2009, quando a IMSA estava em Sebring para as 12 Horas, o dono do Cooper pediu à equipa Tequila Patron, que tinha David Brabham nas suas fileiras, para repetir o gesto do seu pai para a foto. "Black Jack" ainda estava vivo - morreria em 2014 - mas o gesto valeu a pena, mas não foi só isso, porque David Babham ainda deu umas voltas no carro do seu pai.
Não foi um título ganho facilmente. Ele lutou com Stirling Moss pelo título, e tudo se decidiu na última corrida. Pela primeira vez, tínhamos um Grande Prémio em solo americano sem ser as 500 Milhas de Indianápolis, e o escolhido foi Sebring. Moss e Brabham lutaram pela vitória, e o australiano levou a melhor, pois o britânico desistiu.
Mas o título esteve em risco. Brabham ia vencer quando a meio da última volta, o australiano ficou sem gasolina. John Cooper comemorou com uma cambalhota o Cooper a chegar à meta, mas... era o de Bruce McLaren, um jovem prodígio neozelandês de 22 anos, que ao vencer, tornara-se no mais jovem de sempre em quase meio século, até Sebastian Vettel ficar com esse título, numa tarde de chuva em Monza, a bordo de um Toro Rosso.
Depois viu o drama. Brabham desesperava para empurrar o seu carro até à meta, com uma multidão à volta, sem poder tocar - pois isso equivaleria a desclassificação - e no final, um exausto Brabham sentou-se no chão de cimento, para Cooper lhe dizer que era o campeão. E tinha feito história, de muitas maneiras.
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