Uma semana depois da China, ter uma nova corrida no campeonato até poderia ser uma maravilha para os adeptos mais fanáticos da Formula 1, mas a parte chata disto tudo é que a corrida acontecia no circuito de Sakhir, no Bahriem palco daquele que é considerado como uma das corridas mais chatas do campeonato. Bem sei que no ano passado tivemos aquele grande duelo entre pilotos da Mercedes, mas a parte chata é que aquilo é uma vez sem exemplo, e aquilo não aconteceu por causa do circuito, mas sim dos carros.
E também foi no ano passado que o Bahrein decidiu que as corridas iriam ser à noite, tornando-se na segunda corrida do calendário a ser disputada dessa forma. Toda a gente sabe que, assim, os pilotos não terão de levar com o sol assassino em cima, mas o calor mantêm-se ao longo do dia, ou seja, não há noites frias, e no lusco-fusco do Golfo, a diferença é minima. Mas neste ano, pelo que vimos na Malásia, havia uma equipa que parecia prosperar debaixo do calor, e essa equipa era a Ferrari. Sebastian Vettel parecia ter uma chance de brilhar nesta qualificação, porque a temperatura é a ideal para os seus carros.
E se é assim agora, como será no Canadá, quando chegar a nova evolução do seu motor?
A qualificação ainda tinha mais um assunto que era aguardado com expectativa: será que seria agora que os McLaren passariam para a Q2? E se sim, seria apenas Fernando Alonso, Jenson Button ou os dois?
As questões eram respondidas à medida que passavam os minutos da qualificação. E a primeira grande novidade foi ver Jenson Button encostado à berma, por causa de um alegado problema elétrico, sem conseguir marcar qualquer tempo no seu McLaren. Isso quereria dizer que os Manor não iriam ser os últimos a partir na grelha, e ainda por cima, a equipa de Banburry tinha Will Stevens a fazer tempos três segundos mais lentos do que os McLaren, coretesia de Will Stevens. Aos poucos, deixavam de ser chicanes móveis...
Contudo, ainda não serviam para passar, e fizeram companhia de Button, o Louus de Pastor Maldonado e o Red Bull de Daniil Kvyat, que tinha uma qualificação bem pior do que nos seus tempos da Toro Rosso. E até os carros de Faenza eram mias velozes do que Kvyat, especialmente Sainz Jr! Mas no caso de Maldonado, era o motor Mercedes que não tinha feito aquilo que era suposto e ficou para trás, enquanto que Romain Grosjean não teve problemas em passar para a segunda fase. Nem... Fernando Alonso!
A segunda fase via pela primeira vez este ano um carro da marca de Woking, e ele até bem se portou mal. Alonso não conseguiu mais do que o 14º melhor tempo e o piloto espanhol encheu-se de esperança, afirmando que dentro em breve, poderia lutar pelos pontos, algo que andaram a fazer na Malásia, antes de ambos os carros abandonarem, como se recordam. Mas o caminho ainda é longo.
A parte final cobria algumas expectativas, e não desiludiu: graças aos pneus moles, o recorde da volta no circuito vinha baixando, primeiro com Daniel Ricciardo, depois com Sebastien Vettel - e com Nico Rosberg a falhar a chance de responder, para por fim Lewis Hamilton pulverizar a pole-position com um tempo de 1.32,571 segundos. E o piloto inglês mantinha o monopólio das poles nesta temporada.
No final, parecia Sepang de novo: Lewis Hamilton era o melhor, mas Sebastian Vettel conseguia entrear no meio dos dois Mercedes, conseguindo relegar Nico Rosberg para o terceiro posto. Kimi Raikkonen era o quarto, estabelecendo de uma certa forma a hierarquia atual, pois atrás dele ficaram os dois Williams e o Red Bull de Daniel Ricciardo. Os três últimos lugares do "top ten" ficaram para Nico Hulkenberg, que conseguiu extrair o melhor do seu chassis da Force India, o Toro Rosso de Carlos Sainz Jr. e o Lotus de Romain Grosjean.
Poderia dizer que amanhã se espera mais do mesmo, mas o calor da região faz pensar que poderá haver surpresas dos lados da Ferrari...
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