Com o surgimento da Formula E, aliado ao crescente desenvolvimento por parte da industria automóvel pelos carros elétricos, especialmente com o fenómeno Tesla nos Estados Unidos, começam a surgir ideias, dúvidas e conceitos do que poderá ser o futuro do automobilismo, quer na Europa, quer nos Estados Unidos. E por estes dias, a Fox Sports começou a perguntar sobre a hipótese: uma Indy 500 de carros elétricos daqui a 15 ou 35 anos, numa Brickyard onde os sons mais altos que iremos ouvir seriam as dos espectadores gritando quando um carro passasse outro. Ou quando dessem a bandeira de xadrez ao vencedor.
Sabendo que uma das principais equipas americanas está na Formula E, a Andretti Autosport, o jornalista Bruce Martin perguntou a Michael Andretti sobre a ideia de uma das corridas mais antigas do mundo largar os motores a combustão e passar para baterias que aguentem os 800 quilómetros da prova.
"Nunca se sabe", começou por fizer o filho de Mário Andretti. "É incrível o que eles estão alcançando com essa tecnologia. Quando você começa a ter concorrência, estarão a construir carros que podem ir entre 300 a 400 quilômetros com uma unica carga. Há agora um carro que tem 1.000 cavalos de potência. É é de uma força brutal - e completamente elétrico. Ele vem a caminho - carros que podem realmente andar."
"O que é legal é que parece que estamos a voltar a 1911 mais uma vez. Olho para carros como o Marmon Wasp (o carro que Ray Harroun levou à vitória nas primeiras 500 Milhas de Indianápolis, em 1911) e que eles fizeram em cinco anos. Isso é o que estamos esperando conseguir na Fórmula E. A competição irá acelerar a tecnologia. Isso é o que eu estou esperando para ver. Estou esperando para ver o garoto que sai e compra seu primeiro carro elétrico que é o mesmo que comprará carros elétricos para o resto de sua vida. Nós não estamos atrás de pessoas como o meu pai, nós estamos indo atrás dos mais novos, um novo público".
Em relação à grande critica, sobre o barulho dos carros, Andretti afirma que o facto dos carros terem um som bem mais baixo significa que eliminaram uma fonte de poluição.
"O som é algo que os tradicionalistas não gostam, mas meu argumento de que esse é um dos problemas que temos e o barulho é um grande problema quando tentamos trazer novos eventos para o centro das cidades", disse Andretti. "O ruído é realmente um problema. Nós não temos mais esse problema na Fórmula E. É poluição. Esta é uma série totalmente verde e você tem que olhar para ele de forma diferente de um tradicionalista iria olhar para ele. Você tem que ter uma mente aberta".
"Os mais velhos não vão querer ver isto, mas nós não estamos atrás deles, de qualquer forma", concluiu.
Claro que se há opiniões mais favoráveis, há os que são céticos em relação a isso. Bobby Rahal disse nas redes sociais, por alturas da corrida de Long Beach que "aquilo não são corridas", achando que falta aquilo que o automobilismo deu: gasolina, cheiro, barulho e alguma dose de perigo.
Contudo, Derrick Walker, um dos chefes da IndyCar, apesar de afirmar que não pensa no assunto, afirmar que "nunca se pode dizer nunca", especialmente com a história do "deadline" de 2030.
"Quando você olha para aquilo, deve perguntar aos fãs: quer sentar-se durante cerca de três horas a ouvir os carros elétricos dentro de uma pista? Você quer ver vários carros usados para completar uma corrida como as 500 Milhas com estações de carregamento grandes? Em 2020, que pode ser que seja um fato da vida. Nunca podemos dizer nunca", começou por afirmar.
"Nós estamos olhando para isso, e eu diria que é um objetivo muito longo para nós. Não é onde nós estamos a olhar. Queremos continuar no caminho que estamos até 2020, será uma variação da fórmula que temos agora. Eu não acho que é o que o nosso ideal de entretenimento. As corridas de automóveis são uma das principais formas de entretenimento esportivo. Mas o aspecto de entretenimento faz as corridas de hoje menos relevante para a indústria automotiva? Estamos interessados em sermos relevantes para a indústria automotiva e os carros elétricos têm feito enormes ganhos nos últimos tempos", disse Walker.
Apesar dessa resposta ambígua, a maneira como as coisas estão andando poderá indicar que num prazo relativamente curto, haja grandes novidades. Mas como os construtores ainda não resolveram os problemas que estão mais prementes - a autonomia das baterias, a maneira como as carregar e a duração desse carregamento são três coisas que ainda não estão resolvidas - provavelmente vai demorar tempo até que apareçam carros elétricos capazes de desafiar os mais convencionais. Mas a competição ainda mal começou, e não faltam engenheiros ambiciosos nessa campo...
Quem sabe, durante a nossa existência, não veremos 33 carros elétricos no "Brickyard"?
Claro que se há opiniões mais favoráveis, há os que são céticos em relação a isso. Bobby Rahal disse nas redes sociais, por alturas da corrida de Long Beach que "aquilo não são corridas", achando que falta aquilo que o automobilismo deu: gasolina, cheiro, barulho e alguma dose de perigo.
Contudo, Derrick Walker, um dos chefes da IndyCar, apesar de afirmar que não pensa no assunto, afirmar que "nunca se pode dizer nunca", especialmente com a história do "deadline" de 2030.
"Quando você olha para aquilo, deve perguntar aos fãs: quer sentar-se durante cerca de três horas a ouvir os carros elétricos dentro de uma pista? Você quer ver vários carros usados para completar uma corrida como as 500 Milhas com estações de carregamento grandes? Em 2020, que pode ser que seja um fato da vida. Nunca podemos dizer nunca", começou por afirmar.
"Nós estamos olhando para isso, e eu diria que é um objetivo muito longo para nós. Não é onde nós estamos a olhar. Queremos continuar no caminho que estamos até 2020, será uma variação da fórmula que temos agora. Eu não acho que é o que o nosso ideal de entretenimento. As corridas de automóveis são uma das principais formas de entretenimento esportivo. Mas o aspecto de entretenimento faz as corridas de hoje menos relevante para a indústria automotiva? Estamos interessados em sermos relevantes para a indústria automotiva e os carros elétricos têm feito enormes ganhos nos últimos tempos", disse Walker.
Apesar dessa resposta ambígua, a maneira como as coisas estão andando poderá indicar que num prazo relativamente curto, haja grandes novidades. Mas como os construtores ainda não resolveram os problemas que estão mais prementes - a autonomia das baterias, a maneira como as carregar e a duração desse carregamento são três coisas que ainda não estão resolvidas - provavelmente vai demorar tempo até que apareçam carros elétricos capazes de desafiar os mais convencionais. Mas a competição ainda mal começou, e não faltam engenheiros ambiciosos nessa campo...
Quem sabe, durante a nossa existência, não veremos 33 carros elétricos no "Brickyard"?
1 comentário:
ainda assim não gostarei desta nhonga
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