sábado, 7 de novembro de 2015

A imagem do dia

"Rei do Cool", é a primeira coisa que me lembro, sempre que falam de Steve McQueen. Mas lembro da sua paixão pelos automóveis, pela melhor cena de perseguição policial da história do cinema, e por ter decidido fazer um filme sobre Le Mans, contra tudo e contra todos. Hoje passam 35 anos desde a sua morte, no México, e McQueen ainda é recordado como um mito de uma era que provavelmente não voltará mais.

Nesta foto de Bernard Cahier, McQueen está naquilo que se tornou no trabalho de uma vida, que quase o consumiu o seu dinheiro e a sua reputação. As 24 Horas de Le Mans tornaram-se, naquele final da década de 60, numa das coisas mais apetecíveis para os americanos, e para Steve McQueen, combinavam duas obsessões suas: automobilismo e cinema.

McQueen procurava um filme sobre automobilismo desde 1966. Houve uma tentativa com John Sturgis, chamado "O Dia do Campeão", com filmagens em Nurburgring, mas aconteceu na mesma altura de "Grand Prix", e este acabou em primeiro. E pouco antes, tinha sido oferecido o papel de Pete Aron, mas divergências entre ele e um dos produtores inviabilizaram o acordo.

Quando conseguiu, ele treinou-se (e quase ganhou) em Sebring e estava pronto a correr em Le Mans com o Porsche 917K numero 23, ao lado de Jackie Stewart, quando a produtora disse que era demais e decidiu não pagar o seguro contra todos os riscos. A obsessão de McQueen com o filme foi tal que quando o resultado não saiu como queria, ele renegou-o: não foi à estreia do filme e não voltou a correr até à sua morte, nove anos e meio depois.

Este ano vai sair um documentário chamado "Steve McQueen, The Man & Le Mans", e quando acontecer, recomendo que o vejam.

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