Primeiro que tudo, a vida de Morrisson, amplamente contada ao longo deste tempo por gente que vai desde a sua irmã até ao "biopic" sobre ele realizado por Oliver Stone em 1991, com Val Kilmer no papel principal - e que vi numa noite de sábado numa noite inesquecível de copos, charros e sexo selvagem ha uns bons quinze anos, mas isso é outra história - tem muito a ver com o grupo que formou com os seus amigos Ray Manzarek, Robby Keieger e John Densmore, e que alcançou o topo das tabelas em 1967 com a musica "Light My Fire". O sucesso foi um acidente para Morrisson, que não queria ser cantor. Na realidade, queria ser poeta "beatnik", na senda de gente como Alan Ginsberg ou, de outra forma, Jack Kerouac. E depois, se pudesse, ser realizador.
O carro foi um de dois mil feitos nesse ano de 1968 e tinha 355 cavalos, num motor V8. Morrison adorou-o e era o seu "daily driver" e foi protagonista no filme que fez em 1969, "HWY: An American Pastoral". Com o tempo, depois da sua morte prematura, aquele carro tornou-se num dos Mustangs mais reconhecidos, depois do 350GT verde guiado por Steve McQueen no filme "Bullitt" e que esteve escondido numa garagem do Kentucky por mais de 40 anos até voltar à luz do dia em 2018.
Contudo, em 1970 - e aqui, as versões diferem - o carro saiu das mãos de Morrisson e nunca mais foi visto. A primeira afirma que ele bateu com o carro num poste de iluminação no Sunset Boulevard e ébrio, mas determinado, foi para o bar "Whisky-A-Go-Go" e quando voltou, fora rebocado pela Policia, e ele não se deu ao trabalho de o ir buscar. Outra versão foi que o estacionou no Aeroporto de Los Angeles para uma digressão da banda, e quando voltou, o bólido tinha sido rebocado pela policia. E a terceira é que depois de ser vendido - provavelmente num leilão da Policia de Los Angeles - teve vários donos ao longo de década e meia, até ter parado a uma sucateira e ser esmagado, perdido para sempre.
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