sábado, 2 de julho de 2011

Apontamentos sobre a tradução portuguesa da revista Top Gear

Fui surpreendido esta manhã, quando olhava nas bancas para ler "as gordas", ou seja, os títulos dos jornais, com a aparição da versão portuguesa da revista Top Gear. Confesso não ser muito leitor da revista, porque o programa por si mesmo me enche as medidas. Mas de vez em quando vejo algo interessante que, devido à escassez de minutos que o programa tem, não consegue passar para lá, ou então, fica para a semana seguinte.

O seu diretor é Paulo Passarinho, que iniciou a sua carreira jornalística na área do desporto automóvel há cerca de 15 anos. Ele afirmou, na altura do lançamento, o seguinte: “Este é um projecto aliciante, planeado e produzido com extremo rigor, que respeitará a identidade original de uma revista sobre automóveis e entretenimento, mas não esquecerá a necessária adaptação à realidade nacional, sempre dentro do espírito TopGear”.

Acho ótimo saber que há a tradução nacional da revista, mas há algo que me causa cepticismo. Por algumas razões: é uma tradução da versão inglesa. Por um lado, pode descansar o cérebro da tradução que é do inglês para o português, mas por outro, pensava-se que poderia haver alguma novidade, ou conteudo original. Mas não.

Até se compreende: não há um Top Gear Portugal, com três loucos como apresentadores e desafios meio malucos como fazer os Andes num velho UMM, por exemplo. Ou "quitar" um Portaro para participar num "rally-raid". Mas pelo preço da capa, 3,95 euros, é coincidentemente o mesmo que tinha a Playboy portuga. Como apreciador de ambas as revistas, direi que esta última era bem mais original, em termos de conteúdo. Em todos os aspectos, diga-se...

Desejo longa vida à revista, pois para aparecer numa altura como está, onde pouca gente quer investir, é um "salto de fé". Mas chateem lá um canal de TV para fazer a versão tuga da coisa... acho que ganharia imenso nesse aspecto.

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