Este ano temos algo interessante nos carros de Formula 1, e tem três letras apenas: DRS. E é graças a essas letras e ao mecanismo, que os permite estarem ativos quando dois carros estarem com menos de um segundo de diferença, que os circuitos deixaram de ser aborrecidos aos nossos olhos. E claro, tambos também os pneus da Pirelli, que tem tendência a aguentar menos tempo do que os normal, e que faz com que se façam três ou quatro paragens em corrida, consoante o composto.
Com esses novos componente, pensava-se que de uma certa forma, mesmo um circuito tão chato e tão mal amado como Valencia se tornaria menos aborrecido com estas "bugigangas" nos carros. Não aconteceu. Mesmo com estas novidades, mesmo com excelente corridas em circuitos como Mónaco e Canadá, chegou-se hoje à conclusão que Valencia é incorrigivel. E é verdade: assistimos hoje a uma corrida aborrecida.
E com isso, a corrida tornou-se em mais um passeio para a Red Bull de Sebastien Vettel, que conseguiu hoje a sua sexta vitória nos oito Grandes Prémios realizados até agora. E este foi quase a mesma coisa, apesar das reações de Felipe Massa na partida e depois de Fernando Alonso, que corria pela segunda vez este ano "em casa". Sebastien Vettel foi perfeito, sem erros e sem ser aborrecido nem por Alonso, nem por Webber, que teve problemas com a sua caixa de velocidades na parte final da corrida.
Atrás dos homens do pódio ficou Lewis Hamilton, que numa pista como estas e nesta condições, não tem capacidade de apanhar os Red Bull e desta vez os Ferrari. Pior ficou Jenson Button, o vencedor do GP canadiano, em sexto, com o braileiro Felipe Massa entre eles. Atrás ficou Nico Rosberg, num lugar dito... habitual, mas Jamie Alguersuari teve um bom desempenho, ao ser oitavo, isto para quem largou no 18º posto. Desconheço se isto foi o resultado de uma boa estratégia ou então já é uma reação porque começa a sentir o chão a fugir dos seus pés, mas que é um bom resultado, lá é.
E o resultado final desta corrida também mostrou outra coisa: todos os 24 carros da grelha chegaram ao fim. Foi a quarta vez na história da Formula 1 que tal aconteceu, e cada vez mais se demonstra que a tecnologia e o fato de que a tendência é a de transformar os carros cada vez mais resistentes em termos de motor, caixas de velocidades e outros componentes eletrónicos, tal coisa se tornará cada vez mais habitual no futuro. As hecatombes mecânicas parecem terem passado à história.
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