Nas últimas semanas, tenho visto que um dos posts mais populares neste blog tem a ver com Martin Donnelly, o promissor piloto da Irlanda do Norte cuja carreira terminou permaturamente na sexta-feira do GP de Espanha de 1990, quando bateu forte na veloz Curva Ferrari e o seu carro desintegrou-se.
As imagens dele, no meio da pista, inanimado, correram mundo. Muitos pensaram imediatamente que estava morto, mas não estava. Não mais voltou a correr na Formula 1, mas recuperou totalmente as suas capacidades. E por vezes, dá umas voltas noutros carros, para matar saudades. Como aconteceu este final de semana em Goodwood, mas desta vez foi diferente: ele guiou o modelo 102, de motor Lamborghini, o carro que quase o matou, quase 21 anos antes.
Apesar deste ter sido o carro que deu cabo da sua carreira, recorda-o com carinho: “É como uma velha namorada: "Apesar de teres acabado com ela há vinte anos, volta sempre à tua mente".
Antes da sua volta em Goodwood, Donnelly, agora com 46 anos, recordou a primeira vez que o guiou, em Silverstone: “Era algo do qual nunca tinha guiado antes. Nesse primeiro teste, quer a sua aceleração, quer a sua abordagem às curvas era impressionante. Tinhas de adaptar a tua mente às reações do carro a cada volta que fazias. E aí pensava que podia ser mais rápido naquela curva do que na volta anterior. Era esse o meu maior desafio, estar em sintonia com as reações do carro", disse em declarações captadas pelo F1 Fanatic.
Donnelly falou também da Formula 1 desses dias: "Era um tempo e um mundo onde a divisão entre as equipas ricas e pobres começava a crescer. Para seres competitivo e vencer corridas e campeonatos tinhas de ter um Adrian Newey e muito dinheiro por trás para estares à altura. E nessa altura, a Lotus tentou fazer o melhor com o dinheiro vindo da Camel e creio que foi feito um carro honesto", concluiu.
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