Com o Williams FW34 a ser testado por Pastor Maldonado e Bruno Senna em Jerez de la Frontera, surgiram noticias interessantes sobre os seus patrocinadores, mais concretamente a PDVSA, a estatal venezuelana de petróleo. Segundo o jornalista britânico Joe Saward, surgiu ao público uma fatura a indicar que até ao dia 31 de outubro do ano passado, a petrolífera tinha pago 29,4 milhões de libras, ou 47,4 milhões de dólares de patrocínio à equipa de Grove, o que é um valor anormalmente alto para um lugar pago a um piloto.
O valor não é oficial, mas a fonte é. Se é da Williams ou da PDVSA, ainda não se sabe, mas são valores interessantes. Em teoria, isso seria mais do que suficiente para dispensar a procura de um segundo piloto pagante, mas a equipa perdeu mais de 15 milhões de euros de patrocinadores, nomeadamente da AT & T americana, o que fez com que arranjasse dinheiro do Brasil, nomeadamente, Bruno Senna. Provavelmente, a Embratel e a OGX, do Eike Batista, devem ter coberto esse buraco, e a Williams poderá estar agora mais aliviado em termos de contas, mas isso poderá fazer com que fique mais vulnerável.
Porquê? Bom, falamos da Venezuela, um pais latino-americano que depende de um homem. Um homem que é público, está doente. E cada vez mais surgem rumores de que ele poderá ter os seus dias contados. Há quem fale de um ano de vida, quem fale de meses, quem fale de mais algum tempo, mas o cancro de Hugo Chavez, detectado em Junho do ano passado, poderá ter-se espalhado por mais alguns lados. Pode-se mostrar mais "gordo" às pessoas, mas isso é o efeito secundário da cortisona. Digo isto porque durante um ano, devido aos meus problemas de saúde, andei a tomar uma dose diária de Medrol. E quando se corta no medicamento, os efeitos são tão prejudiciais do que quando se toma. Larguei isso à custa de três semanas no hospital, devido a uma recaída.
Mas voltando ao que interessa, é interessante ver o surgimento deste valor por esta altura. A Venezuela terá eleições no final do ano e Chavez quer fazer tudo para morrer agarrado ao cadeirão no Palácio de Miraflores. Típico de qualquer caudilho sul-americano, diga-se. E como se poderá imaginar, as implicações politicas de tal valor poderão ser usadas como arma politica por parte da oposição. E em Grove, eventualmente, Frank Williams e Adam Parr poderão estar a torcer para que Hugo Chavez viva o mais possivel e Pastor Maldonado comece a apresentar resultados...
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