segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Sabotar o concorrente para resolver o campeonato


Uma das grandes polémicas no fim de semana automobilístico em Itália está a ser o resultado do Rali di San Martino di Castrozza, ocorrido no final de semana passado, onde aparentemente, alguém colocou picos na estrada no intuito de sabotar o carro do lider dessa prova. A história conta-se hoje na Autosport portuguesa.

Tudo aconteceu quando Umberto Scandola sofreu dois furos no seu Skoda Fabia S2000 na classificativa final do rali, fazendo-o perder o comando a favor de Paolo Andreucci, que guiava no Peugeot 207 S2000. Avisada, a federação italiana decidiu este final de semana que os resultados dessa última classificativa iriam ser anulados, e Scandola passou a ser classificado como vencedor.

As razões dessa sabotagem podem ser explicadas em poucas linhas: ambos os pilotos são os candidatos a vencer no Trofeo Rally Asfalto, com vantagem para Andreucci, e uma vitória deste último fazia com que as coisas se resolvessem a seu favor. Com o piloto da Skoda no lugar mais alto do pódio, seria um campeonato mais relançado. A Peugeot Itália aceitou a decisão, mas afirma que agora foi aberto um precedente perigoso para futuros ralis, quer em Itália, quer no resto do mundo.

Mas isso é algo que já aconteceu algumas vezes no passado. Não é algo frequente, mas já aconteceu, especialmente quando uma multidão de um determinado país quer que o seu piloto ganhe, mesmo prejudicando os pilotos de outros países. Como aconteceu no Rali de Monte Carlo de 1979, quando a multidão decidiu atirar neve para o asfalto do Col de Turini para prejudicar Bjorn Waldegaard, a favor do local Bernard Darniche. O francês venceu com seis segundos de avanço.

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