A Porsche está por estes dias nas bocas do mundo devido a duas razões: a apresentação dos primeiros pilotos para o projeto da Endurance da marca, que começará em 2014 com o seu bólide e os rumores de que eles estejam a convencer o piloto australiano Mark Webber a assinar por eles a partir dessa temporada, largando de vez a Formula 1 e tentar vencer as 24 Horas de Le Mans.
Sobre os pilotos, Wolfgang Hatz, diretor de pesquisa e desenvolvimento da marca, não quis adiantar muito, mas em Xangai, onde foi assistir ao Salão Automóvel daquela cidade chinesa, afirmou as razões pelas quais decidiu escolher a Endurance, em detrimento da Formula 1.
“Somos uma empresa de carros desportivos. A Porsche sempre viveu para a transferência [de tecnologia] do automobilismo para os carros de produção. Por essa razão, ficou claro, há dois ou três anos, que tínhamos de voltar ao automobilismo de ponta: era uma escolha entre sportscars ou Formula 1”, começou por dizer o dirigente à revista britânica “Autocar”.
“Mas a decisão final foi lógica. A Formula 1 era uma opção, mas não tinha relevância para as ruas. Também há muita publicidade em torno de política e pneus, e não muito em torno de motores e chassis. A aerodinâmica é incrível também, mas tão extrema que não pode resultar em qualquer desenvolvimento para nossos carros de rua”, completou Hatz.
Até agora, a marca confirmou dois pilotos para o seu programa: o alemão Timo Bernhard e o francês Romain Dumas, ambos vencedores das 24 Horas de Le Mans em 2010 pela Audi. Quanto à Formula 1, a participação da marca foi pequena, especialmente entre as temporadas de 1961 e 1962, em que venceu uma corrida, em Rouen, através do americano Dan Gurney. Retiraram-se no final dessa temporada, mas entre 1983 e 1987 tiveram presentes com motores, numa parceria com a TAG, que colocou os seus motores Turbo nos McLaren, ajudando a vencer três mundiais de pilotos e dois de Construtores.
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