Hoje foi um dia histórico: após mais de dez anos de ausência, um carro a A.J. Foyt venceu uma corrida da IndyCar, e pela primeira vez na sua carreira, o Japão venceu uma corrida nesta categoria, graças a Takuma Sato, que aos 36 anos, consegue o seu melhor resultado desde os tempos da Formula 3 britânica, onde foi campeão em 2001.
Depois de uma qualificação onde Dário Franchitti levou a melhor, a partida começou com alguns toques aqui e ali, especialmente quando Scott Dixon partiu o bico do seu carro apóis um toque com o francês Tristan Vautier. Mas a primeira bandeira amarela só surgiria na terceira volta, quando o colombiano Sebastian Saavedra bateu no muro.
As coisas voltaram ao normal cinco voltas depois, com o reinicio... mas por pouco tempo. Hélio Castro Neves toca no carro de Mike Conway e perde o bico, tendo de ir às boxes, enquanto que na frente, Franchitti era o lider, com Sato e o americano Ryan Hunter-Reay lutavam pelo segundo posto. Na volta 23, Sato livrou-se do campeão da Indy e foi em busca de Franchitti. Por esta altura, algo de bizarro acontecia na boxe de James Jakes, quando um dos mecânicos se esqueceu de uma das pistolas para trocar de pneus...
Na volta 30, começam as paragens nas boxes e foi aqui o momento decisivo. Franchitti tem uma má paragem e Sato aproveitou para ficar com a liderança, ao mesmo tempo que Alex Tagliani e Charlie Kimball se envolviam num acidente, causando outra situação de bandeiras amarelas. As coisas ficaram assim até á 35ª volta, quando a bandeira verde foi mostrada... até ao final da reta, quando Ernesto Viso e James Hintchcliffe bateram, com este último depois de dar um toque no brasileiro Tony Kanaan.
A corrida recomeçou na volta 40, mas a pertir daqui, foi mais calma. Sato e Graham Rahal, que ficou com o segundo posto, afastaram-se de Tristan Vautier - que estava a fazer uma grande corrida! - Justin Wilson e Dario Franchitti, todos eles andando com pneus moles, com Kanaan tinha o quinto lugar, com pneus duros. As diferenças eram mais estáveis, mas com Sato a afastar-se de Rahal, aproveitando a consistência do piloto japonês.
Contudo, na volta 51, Ryan Hunter-Reay bate no muro, para mais uma nova situação de bandeiras amarelas, a quinta nessa corrida. A situação ficou assim até à volta 56, altura em que na partida, Charlie Kimball - que tinha uma volta de atraso - bateu no muro da primeira curva. Contudo, conseguiu colocar marcha atrás e saiu dali sem problemas, tendo parado para trocar de pneus e do bico, perdendo mais uma volta.
A partir dali, Sato começou a afastar-se de Rahal, enquanto que Vautier parou nas boxes e caiu algumas posições, deixando Justin Wilson no terceiro posto, na frente de Franchitti e de Tony Kanaan, com pneus duros. Pensava-se que o brasileiro pudesse aproveitar melhor essa situação nas voltas finais, mas os pneus mais moles aguentaram mais tempo e assim não aconteceu.
Na parte final, o piloto brasileiro começou a sofrer o assédio do espanhol Oriol Serviá, mas a duas voltas do fim, no final da reta, ele tentou passar Tony Kanaan, e as coisas correram mal, com o piloto brasileiro bateu no muro. Contudo, em vez de entrar o Pace Car, localizou a bandeira amarela na curva.
A bandeira amarela é colocada a meio da última volta, e assim, Takuma Sato consegue a sua primeira vitória da sua carreira na IndyCar, pela equipa Foyt. Para a equipa, é a primeira vitória em mais de dez anos na IndyCar. Rahal foi o segundo e Wilson o terceiro, com Dário Franchitti no quarto posto. Simona de Silvestro foi a melhor representante feminina, no nono posto, na frente de Hélio Castro Neves.
A IndyCar agora tem uma pausa de duas semanas até ao dia 5 de maio, altura em que correrão na São Paulo 300, a primeira saida da IndyCar para o exterior.
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