O diretor de corrida do circuito de Imola prepara-se para dar a bandeira de xadrez a Riccardo Patrese. Há precisamente 25 anos, no circuito italiano, o piloto de Pádua estava a acabar um jejum, que na altura era o mais longo da história da Formula 1: sete anos e sete meses. E qual era esse jejum? O de vitórias. A última vez que tinha estado no lugar mais alto do pódio tinha sido em Kyalami, na última corrida da temporada de 1983, que consagrou o bicampeonato para Nelson Piquet.
Em 1990, Riccardo Patrese passava por uma segunda vida na Williams. Mas até lá tinha penado. Tinha saído da Brabham para ir à Alfa Romeo, mas tirando um pódio, foi frustrante. Pior ainda: não pontuou na temporada de 1985, pois o Alfa Romeo 185 era considerado como um dos pior carro do pelotão e precipitou a sua saída na Formula 1. Aliás, o próprio Patrese disse que tinha sido o pior carro que tinha pilotado na sua carreira.
Depois disso, voltou à Brabham, onde apanhou o "experimental" BT55. Um carro tão experimental que... apenas conseguiu dois pontos. Parecia que iria de mal a pior, e em 1988, numa Williams que tinha passado os seus melhores dias, após a Honda e com os motores Judd. Mas mesmo assim, teve uma temporada melhor. Mas quando em 1989 recebeu os motores V10 da Renault, quem ganhou corridas foi o seu companheiro de equipa, o belga Thierry Boutsen.
Parecia que iria ser o eterno segundo piloto nas grandes equipas, e que não mais iria vencer corridas, mas naquele dia em Imola (e numa foto tão bem tirada por Paul-Henri Cahier) o que estávamos a assistir era o inicio da sua segunda vida na Formula 1. Nas duas temporadas seguintes, iria conseguir mais três vitórias e 14 pódios, para além de cinco pole-positions e oito voltas mais rápidas, e o vice-campeonato de 1992. Nada mau, para um segundo piloto.
Curiosamente, aquele foi o único pódio de Patrese em 1990...
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