Há precisamente 35 anos, em Jarama, o australiano Alan Jones comemorava a vitória uma corrida... que não existiu. Nessa altura, a Formula 1 viveu uma crise de poder. De quem mandava em quem, entre Jean-Marie Balestre e Bernie Ecclestone.
Por essa altura, o dirigente francês já queria impor as suas regras aos pilotos e às equipas, algo que era contestado por Ecclestone, o patrão da Brabham. Os detalhes que levaram a este acontecimento podem ser lidos com detalhe por aqui, na matéria que escrevi hoje para a Vavel Portugal.
O assunto foi resolvido dias depois com uma espécie de solução de compromisso, onde nenhuma das duas partes quis perder a face. As equipas queriam ter a sua parte nas receitas televisivas, que começavam a ser enormes, e a FISA não queria perder esse filão. Mas a distribuição de dinheiros era a parte mais complicada, e as personalidades de ambos colidiam. Cada um adorava ser arrogante e tinha tiques ditatoriais, querendo impor a sua vontade. As colisões eram inevitáveis, e em 1980, foram muitos.
Mas o que se pensava que foi um mau momento, não passou mais do que o primeiro episódio de algo mais grave ao automobilismo, e o risco de cisão foi muito forte. Balestre quis impor regras contra as equipas, como por exemplo o banimento das saias laterais e uma diferença de seis milímetros entre o chão e o chassis, para diminuir o efeito-solo. Ecclestone chegou a pensar em criar uma competição própria, só com motores Cosworth e sem equipas de fábrica, sem turbos e sem a Ferrari. Chegou a haver mais uma corrida "pirata", o GP da África do Sul de 1981, mas cedo se chegou à conclusão de que isso prejudicaria a Formula 1, ao ponto de fabricantes de pneus e outros patrocinadores ameaçarem abandonar a competição, caso as duas partes não chegassem a acordo.
O assunto foi resolvido dias depois com uma espécie de solução de compromisso, onde nenhuma das duas partes quis perder a face. As equipas queriam ter a sua parte nas receitas televisivas, que começavam a ser enormes, e a FISA não queria perder esse filão. Mas a distribuição de dinheiros era a parte mais complicada, e as personalidades de ambos colidiam. Cada um adorava ser arrogante e tinha tiques ditatoriais, querendo impor a sua vontade. As colisões eram inevitáveis, e em 1980, foram muitos.
Mas o que se pensava que foi um mau momento, não passou mais do que o primeiro episódio de algo mais grave ao automobilismo, e o risco de cisão foi muito forte. Balestre quis impor regras contra as equipas, como por exemplo o banimento das saias laterais e uma diferença de seis milímetros entre o chão e o chassis, para diminuir o efeito-solo. Ecclestone chegou a pensar em criar uma competição própria, só com motores Cosworth e sem equipas de fábrica, sem turbos e sem a Ferrari. Chegou a haver mais uma corrida "pirata", o GP da África do Sul de 1981, mas cedo se chegou à conclusão de que isso prejudicaria a Formula 1, ao ponto de fabricantes de pneus e outros patrocinadores ameaçarem abandonar a competição, caso as duas partes não chegassem a acordo.
Teve de ser um terceiro "GP pirata", em Imola, em 1982, que assentou as coisas naquilo que hoje em dia chamamos de Acorod da Concórdia. E todos tem seguido desde então.
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