quarta-feira, 4 de abril de 2018

Era uma vez, Jim Clark (parte 1)

A 7 de abril de 1968, o automobilismo recebia, chocada, a noticia de que Jim Clark tinha morrido numa corrida de Formula 2 no circuito alemão de Hockenheim. Boa parte estava em Brands Hatch a assistir à BOAC 500, uma prova de Endurance, onde se esperava que ele participasse, ao volante de um Ford 68 da Alan Mann Racing.

Aos 32 anos de idade, e com 72 Grandes Prémios de Formula 1, todos ao serviço da Lotus, a morte de Clark foi um choque no pelotão da Formula 1, mesmo num tempo onde os acidentes mortais aconteciam com alguma frequência. Contudo, o tímido piloto escocês era veloz mas limpo, não cometia erros, logo, era das últimas pessoas que se pensaria que tivesse um acidente mortal. Tanto que, pouco depois de ser conhecida a noticia, o neozelandês Chris Amon afirmou: "se isto aconteceu a Jim, o que nós poderemos esperar? Sinto que perdemos o nosso líder."

Contudo, a vida de Clark, o melhor piloto dos anos 60, e o melhor sucessor de Juan Manuel Fangio nesse Olimpo automobilístico, merece ser contada por aqui. E é isso que se vai fazer agora.

Esta é a introdução de uma série de artigos que andarei a escrever até ao dia 7, altura em que se assinalará o meio século da morte do piloto escocês, o mais versátil do seu tempo - vencedor das 500 Milhas de Indianápolis, do campeonato britânico de Turismos e tricampeão da Tasman Series. Todos estes artigos sobre a sua vida, carreira e os bólides que andou a correr ao longo de nove temporadas, onde bateu recordes e dominou corridas, poderão ser lidos a partir de hoje no site Autoracing.pt, onde colaboro na área histórica. 

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