De Monza passa-se para Mugello, no "tour italiano" que a Formula 1 decidiu montar num calendário inesperado que foi montado devido à pandemia. A corrida milanesa foi uma surpresa agradável, sem o tempo a interferir, apenas o erro humano que deu a segunda vitória não-Mercedes e à velha e carismática pista italiana - a caminho dos cem anos, comemorados em 2022 - mais uma razão para ficar no nosso coração como uma das mais carismáticas da história do automobilismo.
Contudo, como dissera no domingo, era para aproveitar, porque provavelmente, na semana seguinte, tudo voltaria ao normal, a hierarquia seria aquela, com os Mercedes a levarem a melhor.
E foi o que aconteceu? pois foi. Mas é aqui que se conta essa história.
Tudo começa com uma tarde de verão num cenário absolutamente novo na história da Formula 1. Mugello era conhecido pela Ferrari, porque é uma das pistas de teste, logo , parecia ter uma espécie de "unfair advantage", mas na realidade, com o carros abismal deste ano, parecia que iriam a caminho do Gran Premio Vergogna Due", pois é a digressão italiana combinada com um péssimo chassis. A Scuderia voltou a 1980, pena não estar um Gilles Villeneuve para fazer o impossivel para tirar bons resultados.
Mugello, não sendo um circuito "tilkiano", é veloz, e tem muitas saídas pela gravilha (ou caixa de brita, para quem lê isto no Brasil). Assim sendo, os pilotos não poderiam abusar, e não haveria sensores nas curvas para ver se o tempo era ou não eliminado. Quando começou, os Williams foram os primeiros a sair, mais para marcar tempo, que logo a seguir, foram suplantados por Lance Stroll, com 1.16,701, antes de Lewis Hamilton fazer 1.15,778, antes de Valterri Bottas fazer melhor, com 1.15,749. Verstappen era terceiro e as Force India vinham logo a seguir.
Atrás, a Ferrari dava o seu melhor, e de repente, Sebastian Vettel tentava ficar ainda dentro da Q2, e lutava para sobreviver. Especialmente depois de Nicholas Lattifi ter feito um tempo que o colocava... na sua frente!
No final, todos se esforçaram e a grande surpresa nem foi Sebastian Vettel, mas sim Pierre Gasly, o vencedor de Monza, que não conseguiu passar por 52 centésimos. Faria companhia às Williams, ao Haas de Kavin Magnussen e o Alfa Romeo de Antonio Giovinazzi.
Passando para a Q2, os Mercedes começaram a marcar um tempo para mostrar ao resto do pelotão. Primeiro com Hamilton, com 1.15,309, depois Bottas, com 1.15,322. Max Verstappen era 152 centésimos mais lento que o primeiro lugar, mas estava zangado, porque achava que teria feito melhor. É que Lance Stroll tinha estado na sua frente durante a volta mais rápida e não gostou. Alex Albon era o quarto, e Sebastian Vettel não conseguia subir de 13º e ficava cada vez mais aflito, da mesma forma que os McLarens, também aflitos para estar mais acima.
Nos últimos segundos, Carlos Sainz Jr. conseguiu levar a melhor, à custa de Lando Norris, enquanto Daniil Kvyat saia fora da pista e não conseguia ir para a Q3. Acabou por fazer companhia a Sebastian Vettel, Lando Norris, Kimi Raikkonen e Romain Grosjean.
Para a fase final, começou com Carlos Sainz Jr a marcar os primeiros tempos, mas a seguir vieram os mesmos dos costume. Primeiro, Hamilton com 1.15,144, 59 centésimos na frente de Valtteri Bottas, depois de ele ter feito a sua volta. Max Verstappen foi o terceiro, a 402 centésimos. Albon e Stroll tinham ficado a seguir.
No final, Hamilton fez uma volta e não melhorou, e Esteban Ocon fez um pião que prejudicou todos os que vinham atrás, incluindo Valtteri Bottas. Pouco antes, Charles Leclerc conseguiu o quinto melhor tempo, algo raro para celebrar na Scuderia. Claro, Lewis Hamiltom agora tinha 95 pole-positions na sua carreira, a Mercedes monopolizaria a primeira linha e tudo parece que amanhã ambos estarão no pódio, com o britânico no lugar mais alto do pódio.
Resta saber o que aparecerá amanhã. Será mais do mesmo? Provavelmente. Mas isso não me impedirá de ver a corrida, porque como viram na semana passada, até meio da corrida, toda a gente sabia quem iria ganhar...
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