Sem grandes ambições, o objetivo de Salvi - que será navegado pelo espanhol Alex Coronado - é o de desfrutar da experiência e da emoção de competir, ao mais alto nível, num rali do Campeonato do Mundo. E se gostar, pode ser que faça mais alguns ralis, nomeadamente fora de Portugal.
"Sempre tive o sonho de fazer o rali ao volante de um carro da categoria Rally1, lado a lado com os melhores pilotos do mundo. Quando a oportunidade surgiu, agarrei-a sem hesitar. Este carro é, sem dúvida, o melhor em termos de performance, dinâmica e tudo o resto. É um presente que dou a mim próprio — mas com a noção de que posso até vir a ser mais lento do que com o Skoda Rally2 com que corri no passado, por ir fazer o rali apenas com um curto teste realizado dias antes da partida.", começou por afirmar, numa entrevista ao site do Rali de Portugal.
"Gostava muito que fosse a primeira de muitas participações. A minha empresa é o meu projeto de vida, mas tem-me impedido de fazer muitas outras coisas que gosto. Felizmente, tenho uma equipa de colaboradores fantástica e estou a trabalhar na passagem de testemunho. Assim que esse processo estiver concluído, quero começar a fazer outras coisas na vida, como escalada e mais ralis, sobretudo internacionais. Isso é, sem dúvida, o que quero fazer."
Questionado sobre os carros do WRC2 - ele anda num Skoda Fabia Rally2 no CPR - ele verifica que pouco ou nada tem a ver com os carros que está habituado. A começar pela potência e até o aspecto do carro.
"A única semelhança é que tem quatro pneus. Um [WRC2] tem 280 cavalos e o outro tem 450. As suspensões tem um curso diferente. Este caro é mais exigente, tem é de se antecipar todas as situações", começou por explicar. "Não é um desporto de velocidade, mas é um desporto extremamente rápido, muitas vezes em estradas estreitas. Em provas com pisos de terra, o volante está sempre a mexer. Não é um desporto veloz, é um desporto rápido. E neste caso, a rapidez duplica", continuou.
Questionado sobre a mensagem que quer deixar aos jovens pilotos, ele refere o desforço a dedicação e a ambição de ser mais e melhor.
"A mensagem que deixo aos jovens pilotos portugueses é que tudo na vida exige dedicação e muito trabalho. É fundamental olharem para o panorama internacional, porque o nosso país, sendo pequeno, oferece um leque de oportunidades mais limitado. Inspirem-se nos melhores, aprendam com eles e ambicionem sempre ir mais longe. O sonho é possível com esforço e perseverança.", concluiu.

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