Em 2001, dois ingleses, Tom e Joolz, queriam livrar-se de um Fiat 126. Em vez de o colocar numa sucateira, queriam uma maneira mais criativa de livrar dele. A solução? Levá-lo para Ulan Bator, capital da Mongólia, e vendê-lo, caso chegasse ao fim. Foi assim que nasceu o Mongol Rally, uma competição onde entram carros até 1000 centímetros cúbicos, capazes de aguentar o percurso de Londres até à capital mongol, atravessando estradas de países como a Rússia, Cazaquistão e Usebequistão, que só existem no papel, bandos armados, entre outras coisas...
O objectivo? Viver uma aventura, na mais pura e verdadeira acepção da palavra. Ao contrário de outras provas-maratona, este rali não tem como objectivo chegar ao fim em primeiro lugar, mas sim participar na aventura e, ao mesmo tempo, angariar fundos para ajudar as populações deste país da Ásia Central.
Todas as equipas participantes reúnem fundos, através de donativos que serão canalizados para a Mercy Corps Mongolia. Os carros participantes ficam nesse país, e são oferecidos a organizações de solidariedade ou vendidos e depois o dinheiro é entregue a essas entidades.
Entre essas equipas contam-se duas com elementos luso-britânicos: a Mon Goal, composta por Antonia Boyce e David Barbosa da Silva, e a Team Mongu Mongu, que integra Ryan D'Sousa, William Swannell e George Woodrow.
Podem participar todos os tipos de veículos e os condutores-aventureiros têm de saber lidar com todo o tipo de adversidades. A maioria dos carros que partuicipam nem sequer aconselham a sair do bairro onde circulam, mas segundo os organizadores, "num ano normal metade das equipas chegam ao fim" com o carro intacto.
Os regulamentos do Rali da Mongólia determinam que só podem ser utilizados automóveis com motores de um litro e motos com 125cc de cilindrada. Nesta aventura não existem road maps nem GPS, todos têm de contar com as suas capacidades para se orientarem em estradas em mau estado e em locais desconhecidos, alguns dos quais desconhecidos no Ocidente de onde são originários os "pilotos".
Certamente que quem se aventura nesta expedição poderá, com sorte, encontrar os verdadeiros Indiana Jones que a ficção de Hollywood tem celebrizado. Mas aqui os heróis não contam com a ajuda dos técnicos de efeitos especiais para resolverem os problemas que vão aparecendo pelo caminho.
A aventura iniciou-se há uma semana no Hyde Park, em Londres, de onde partiu a maioria dos expedicionários. Outros aventureiros optaram por sair de Madrid. Todos querem terminar a viagem na Mongólia, mais concretamente na capital do país, Ulaan Bator, depois de três semanas de "desertos, montanhas, bandidos e paisagens selvagens", como se afirma no site do Rali da Mongólia - http://www.mongolrally.theadventurists.com/.
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