quinta-feira, 3 de maio de 2012

GP Memória - San Marino 1987


Três semanas depois da ronda inaugural do campeonato, no Brasil, a Formula 1 chegou à Europa, mais concretamente ao circuito italiano de Imola, para disputar o GP de San Marino. Durante esse tempo, o pelotão sofreu alterações, com a Ligier a ter, por fim os seus carros prontos para correr o Grande Prémio, com motores Megatron. Na March e Zakspeed, estavam por fim prontos os chassis para a temporada, enquanto que a Osella iria dar um segundo carro para um jovem italiano de 25 anos, de seu nome Gabriele Tarquini.

Para finalizar, uma nova equipa tinha por fim chegado à Formula 1, a Larrousse. Obra de um antigo piloto, Gerard Larrousse, e que tinha trabalhado durante muitos anos na Renault, tinha consigo alguns antigos funcionários da marca e tinha encomendado à Lola a construção de um chassis. O piloto seria o francês Philippe Alliot.

A qualificação foi atribulada: na sexta-feira, Nelson Piquet sofre um acidente grave na curva Tamburello, devido a um furo num dos seus pneus, onde o seu carro ficou danificado e o piloto sofreu uma concussão cerebral. Apesar dos apelos do piloto em sentido contrário, o Dr. Sid Watkins proibiu o piloto de participar no resto do fim de semana.

No final das duas sessões de qualificação, o melhor foi o Lotus de Ayrton Senna, seguido pelo Williams de Nigel Mansell. Alain Prost foi o terceiro, seguido pelo Benetton de Teo Fabi, enquanto que a terceira fila era uym monopólio da Ferrari, com Gerhard Berger na frente de Michele Alboreto. Riccardo Patrese era o sétimo no seu Brabham-BMW, seguido pelo segundo McLaren de Stefan Johansson. Para fechar os dez primeiros, a quinta fila da grelha era um monopólio da Arrows, com o americano Eddie Cheever a ficar na frente de Derek Warwick.

A partida foi atribulada: apesar de Senna ter mantido a liderança dos ataques de Mansell os organizadores mostraram a bandeira vermelha, pois o Zakspeed de Martin Brundle, o Arrows de Cheever e o Benetton de Boutsen ficaram parados na grelha, em posição perigosa. Para piorar as coisas, Arnoux tem um acidente e danifica a sua suspensão.

Na segunda largada – que seria benéfica para o Lotus de Satoru Nakajima, que largara das boxes – Senna manteve-se na frente, mas Mansell queria passar o brasileiro o mais rápido que podia. Conseguiu na saegunda volta, quando travavam para a Tosa, e a partir dali, começou a distanciar-se cada vez mais, a cada volta que passava. Na sexta volta foi a vez de Prost a passar Senna, e pouco depois, o brasileiro tentava conter os Ferrari de Berger e Alboreto, numa luta pela terceira posição que virou na volta 14 numa briga pelo segundo lugar, quando Prost desistiu, vítima de um problema elétrico.

Senna ficou um pouco mais aliviado quando Berger desistiu, na volta 16, vítima do seu Turbo, mas Alboreto passou-o na volta 17 e ficou com o segundo lugar. Cinco voltas depois, na volta 22, Mansell tinha problemas com os pneus e foi às boxes, com Alboreto a ficar na liderança. Algo que durou três voltas, pois Senna ficou com o comando na volta 25, ficando no comando até parar para trocar de pneus.

A partir daí, Mansell fica na liderança, com o Brabham de Patrese na segunda posição, e parecia que iria ser assim até a duas voltas do fim, quando o alternador do seu carro cedeu e encostou ao muro.

Senna, que tinha passado Alboreto, herdou o segundo lugar, mas Mansell estava inalcançável naquela tarde, e assim venceu a sua primeira corrida do ano, com o brasileiro da Lotus e o italiano da Ferrari a completarem o pódio. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o McLaren de Stefan Johansson, o Zakspeed de Martin Brundle – que daria os únicos pontos da carreira à equipa – e o Lotus de Satoru Nakajima, o primeiro da sua carreira e de um piloto japonês na Formula 1.

1 comentário:

Anónimo disse...

A prova era pra ser dos carros da Williams, mas um acidente na sexta-feira, 1º de maio, com o Williams número 6 de Piquet impediu que isso acontecesse. Proibido de atuar no treino classificatório de sábado e a prova de domingo, ele aceitou o convite de ser o comentarista da RAI na corrida, mas foi "duro" ter assistido a vitória de Nigel Mansell em Ímola.

Notas:

- única pole de Ayrton Senna na temporada de 1987 e pela primeira vez que ele termina a prova em Ímola;
- 10ª pole e 17ª vitória do motor Honda na categoria;
- 50º grande prêmio de Teo Fabi e
- pela 2ª vez na carreira que Nelson Piquet ficava ausente de uma prova. A última vez foi em 1982 em Detroit (não conseguiu tempo suficiente para alinhar seu Brabham no grid de largada).