(continuação do capitulo anterior)
333 - GP da Belgica de 1980
Zolder foi o palco da quinta
prova da temporada de 1980, e a primeira em paragens europeias. A temporada
estava a ser equilibrada entre os Renault, os Ligier, os Williams e o Brabham
de Nelson Piquet, que na corrida anterior tinha vencido a sua primeira corrida
da carreira. Com isso, Piquet e René Arnoux – que tinha vencido corridas no
Brasil e na Africa do Sul – estavam empatados na classificação com 18 pontos
cada um.
Havia algumas alterações no
pelotão, com a Ensign a procurar um
substituto para o veterano suíço Clay Regazzoni, que tinha tido em
Long Beach o seu acidente que acabara a sua carreira e o colocava numa cadeira
de rodas para o resto dos seus dias. O escolhido para o seu lugar fora o
britânico Tiff
Needell.
Nos treinos, o Williams de Alan
Jones conseguiu a pole-position, seguido pelos Ligier de Didier Pironi e de Jacques Laffite, que estava na frente do segundo Williams de Carlos
Reutemann. Jean-Pierre Jabouille e René Arnoux monopolizavam a terceira fila da
grelha com os seus Renault Turbo, na frente de Nelson Piquet. Apenas 24 carros iriam largar, logo, os Shadow de Dave Kennedy e Geoff Lees ficavam de fora, acompanhados pelo Osella de Eddie Cheever.
A corrida começa com Pironi a largar melhor do que
Jones, enquanto que Jabouille tinha problemas com a embraeagem e era
"engolido" pelo pelotão. No final da primeira volta, a ordem era
Pironi, Jones, Laffite, Reutmann, Piquet e Arnoux. A ordem ficaria inalterada
até á volta 33 quando o brasileiro se despistou e o francês da Renault herdou o
lugar. Pouco depois, Laffite teve de ir às boxes para arranjar os travões e
cedeu o lugar ao argentino.
Na frente, Pironi mantinha Jones à distância e foi assim até
ao final, conseguindo a sua primeira vitória da sua carreira, na frente dos
dois pilotos da Williams. René Arnoux foi o quarto classificado e mantinha a
liderança, aproveitando a desistência de Piquet. A fechar os lugares pontuáveis
estavam o Tyrrell de Jean-Pierre Jarier e o Ferrari de Gilles Villeneuve.
Sete anos depois de Zolder, era a vez de
Hockenheim receber uma corrida que teria três números iguais na história da
Formula 1. Nessa temporada, a Williams dominava o campeonato, com os seus
motores Honda turbo, e com pilotos como Nelson Piquet e o britânico Nigel Mansell,
contra o Lotus de Ayrton Senna, o McLaren de Alain Prost e os Ferrari de
Gerhard Berger e Michele Alboreto.
Mansell tinha vencido a Piquet 15
dias antes, em Silverstone, com uma ultrapassagem “do outro mundo”, mas no
circuito alemão, as coisas iriam ser um pouco diferentes, já que o brasileiro
era bem mais regular do que o seu companheiro de equipa. Nos treinos, Mansell
tinha sido o melhor, seguido por Senna, Prost, Piquet, Alboreto e o Benetton do
belga Thierry Boutsen.
A corrida começou por ser favorável
para Senna, que aproveitou bem um mau arranque de Mansell, que caira para
terceiro, superado por Prost. Mas o britânico recupera e passa em pouco tempo
os dois pilotos, voltando à liderança no inicio da terceira volta. A partir
dali, é uma luta entre Mansell e Prost, com ambos a trocarem de posições quando
vão às boxes. Mas na volta 25, o seu motor Honda explode e a liderança cai nas
mãos de Prost. Parecia que iria ser um passeio para o piloto francês, que com o
seu motor TAG-Porsche, iria a caminho da sua 28ª vitória na sua carreira,
batendo o recorde de Jackie Stewart, mas na 39ª volta, o seu alternador avaria
e é obrigado a desistir.
Assim, a liderança cai ao colo de
Nelson Piquet, que o leva até ao fim, vencendo pela primeira vez na temporada. Stefan
Johansson, no segundo McLaren, é segundo - apesar de ter tido um furo nos metros finais da corrida que o fez
atravessar a meta em três rodas - enquanto que Ayrton Senna completava o pódio
no terceiro lugar. Os Tyrrell de Philippe Streiff e Jonathan Palmer eram quarto e quintos, enquanto que o Lola de
Philippe Alliot fechava os lugares pontuáveis.
Magny-Cours foi o palco da
corrida francesa, nessa agitada temporada de 1994. Michael Schumacher dominava
a seu bel-prazer a temporada, marcada pelos eventos de Imola, e praticamente
não tinha rivais, a não ser o Williams de Damon Hill. A meio do ano, Frank
Williams necessitava de mãos mais experientes para o carro e atraiu para o
lugar o britânico Nigel Mansell, que estava naquele ano a fazer a sua segunda
temporada na CART.
Com a promessa de um carro
competitivo, Mansell faz o seu regresso à Formula 1 na pista francesa, embora
tivesse como prioridade a competição americana. Na Benetton, J.J. Letho era
definitivamente substituído pelo holandês Jos Verstappen.
Nos treinos, Damon Hill e Nigel
Mansell monopolizaram a primeira fila da grelha, com Michael Schumacher no
terceiro lugar, na frente dos Ferrari de Jean Alesi e Gerhard Berger. Atrás, os
Pacific de Bertrand Gachot e Paul Belmondo não conseguiram a qualificação.
A corrida começou com Schumacher
a conseguir ultrapassar os Williams e assegurar a liderança. Hill foi atrás
dele, enquanto que Mansell aguentava os ataques do Ferrari de Alesi. As coisas
ficam assim até ao primeiro reabastecimento, quando Alesi conseguiu superar
Mansell, enquanto que Rubens Barrichello, no seu Jordan, era terceiro, porque
não parara para reabastecer. Quando o faz, cai para quinto.
Na volta 35, Schumacher para pela
segunda vez e cede o comando para Hill, mas seis voltas depois, o alemão estava
na sua traseira. Nessa altura, Alesi perde o controlo do seu carro e sofre um
despiste. Na ânsia de regressar à pista, bate no Jordan de Barrichello e ambos
acabam ali. Mansell herda o terceiro posto, mas por pouco tempo: na volta 45,
abandona a corrida devido a uma quebra na transmissão, na mesma altura em que
Schumacher ascende à liderança.
As coisas não mexeriam até à
bandeira de xadrez, com Schumacher a vencer, seguido por Hill e o Ferrari de
Gerhard Berger. Nos restantes lugares pontuáveis ficavam o Sauber de
Heinz-Harld Frentzen, o Minardi de Pierluigi Martini e o segundo Sauber de
Andrea de Cesaris.
(continua amanhã)
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