As coisas na Renault andam más, isso é um fato. Apenas a Red Bull dá nas vistas com os seus motores, mas mesmo eles não escondem o seu descontentamento com o desempenho dos motores vindo de Vitry-Chatillon, e os rumores de que a Red Bull poderia construir os seus próprios motores foram desmentidos este fim de semana, na Austria, por parte de Dietrich Mateschitz.
“Só por causa da Fórmula 1 não nos estamos a tornar um construtor automóvel. Os nossos problemas estão fora do nosso controlo. Vencemos o campeonato com a Renault nos últimos quatro anos, por isso somos leais ao nosso fornecedor de motor”. Contudo, o bilionário austríaco não escondeu que a falta de competitividade e fiabilidade é um grave problema, e referiu que “o desenvolvimento do motor deve ser agora uma prioridade”.
Contudo, esta terça-feira, surge o rumor de que a Renault poderá estar a pensar em vender a sua divisão de motores. Segundo o jornalista Michael Schmidt, da revista alemã Auto Motor und Sport, não só o défice dos Renault em relação à Mercedes situa-se entre os 40 e os 70 cavalos, para piorar as coisas, o custo de construir estes motores foi bem mais caro do que se esperava, com cada unidade a rondar os 50 milhões de euros por temporada. Para além disso, uma das equipas, a Lotus, têm dificuldades em pagar os motores devido aos seus problemas de tesouraria. Assim sendo, a hipótese de venda é bem possivel, para minorar os prejuízos.
Contudo, acha-se que as hipóteses de venda são baixas, não só devido à má imprensa, como também pelo fato dos custos de produção serem bem superiores em França do que na Grã-Bretanha, como dizia Niki Lauda: "Em França, eles trabalham 37 horas em média, na Grã-Bretanha andam pelas 43 horas por semana."
A ser verdade, qualquer potencial comprador só estaria interessado em ter a tecnologia e não trabalhar por lá. Logo, a ideia de retirada de cena da marca francesa e a perda de postos de trabalho em França é bem real.
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