sábado, 20 de setembro de 2014

CNR - Rali da Mortágua

Mais de um mês e meio depois do Rali da Madeira, o campeonato nacional de Ralis prosseguiu este sábado com o Rali da Mortágua. Com tudo resolvido no campeonato a favor de Pedro Meireles, a luta pelo título no rali ficou entre Porsche e Ford, mas no final, quem pode subir ao lugar mais alto do pódio foi João Barros, que levou a melhor sobre José Pedro Fontes em 2,6 segundos.

Antes do Rali da Mortágua, a grande questão era saber quem ficaria com o título de vice-campeão nacional. José Pedro Fontes, vencedor dos dois últimos ralis, parecia ser o melhor candidato, e ainda por cima a ausência de grande parte dos que lutaram pelo título - Ricardo Moura, Bernardo Sousa, Diogo Salvi - bem como o campeão nacional, Pedro Meireles, parecia ter facilitado a tarefa a Fontes.

Depois da especial de sexta-feira à noite, no centro da vila que dá o nome ao rali, o dia de hoje começou com José Pedro Fontes a partir ao ataque, garantindo uma vantagem de três segundos sobre a dupla João Barros e Jorge Henriques, que ia no Ford Fiesta R5. Adruzilo Lopes era o terceiro, no seu Subaru Impreza R4, mas tinha já uma diferença de vinte segundos sobre a liderança. Atrás, começava a haver uma luta pelo quarto posto entre o Citroen DS3 R3 de Paulo Neto e o Mitsubishi Lancer Evo IX de Ricardo Teodósio.

Nas especiais seguintes, Fontes começava a distanciar-se do Ford, chegando a conseguir um segundo por quilómetro. No final da segunda especial do dia, a vantagem tinha-se elevado para 11,6 segundos, e na terceira, tinham aumentado para 16,1 segundos sobre João Barros, enquanto que Adruzilo Lopes estava confortável no terceiro posto, mas a um minuto da liderança. Ricardo Teodósio era o quarto, no seu Mitsubishi, mas ele não podia descansar, porque Paulo Neto estava perto.

Contudo, na primeira classificativa da tarde, Barros consegur ganhar... 21,8 segundos sobre o piloto da Porsche e ficava na frente do rali. Depois, ficou-se a saber que a razão do atraso de Fontes tinha tido a ver com um problema no travão de mão. Resolvido o problema, passou ao ataque: na sexta especial do dia, voltou para o comando, com 2,6 segundos de vantagem sobre Barros. Contudo, este não se deixou intimidar e reagiu, conseguindo 4,7 segundos de vantagem, vencendo o rali por meros 2,6 segundos.

No final, José Pedro Fontes teve "fair play" e reconheceu a vitória do adversário: "O sistema de travagem perdeu óleo mas felizmente conseguimos resolver a situação e reabastecer o circuito com óleo que trazíamos no carro. O problema é que levámos pneus com cortes para a secção da tarde, a pensar na hipótese de chuva, e o desgaste dos pneus condicionou-nos naquele último troço. Apesar de tudo, parabéns ao João Barros que fez um bom rali e merece a vitória. Aquilo que nos aconteceu são situações que fazem parte deste desporto", comentou.

No lugar mais baixo do pódio esteve Adruzilo Lopes: “Foi um excelente rali onde voltámos a alcançar os nossos propósitos. Este ano, em sete provas disputadas conquistámos cinco vitórias e um segundo lugar, o que significa que conseguimos quase um ano perfeito. Controlámos do princípio ao fim, rolando até mais rápido na parte final da prova, numa altura em que já não era necessário, mas em Mortágua é impensável não ter um andamento rápido. Quero agradecer à ARC Sport por todo o empenho e dedicação que mais uma vez demonstrou, sendo gratificante que tenha alcançado mais um título aqui em Mortágua. Em Castelo Branco vamos tentar que o Vasco Ferreira consiga também o título de Grupo N”, disse.

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