terça-feira, 10 de abril de 2018

A imagem do dia

Keke Rosberg, no fim de semana da Race of Champions de 1983. Há precisamente 35 anos, em Brands Hatch, acontecia a última corrida extra-campeonato da história da Formula 1. A Race of Champions, que acontecia uma semana antes do GP de França, levou dez carros para competir na pista britânica, na famosa alternância entre essa pista e Silverstone, quando recebiam ambos o GP da Grã-Bretanha.

Nos anos 60 e 70, provas como a Race of Champions ou o International Trophy eram competições extra-campeonato que faziam aparecer os carros de Formula 1 para ver até que ponto estavam em forma para as corridas que aconteceriam dali por diante. Num calendário com apenas dez ou doze corridas, e com meses de distância entre provas, estas corridas eram a melhor forma de dar aos espectadores uma visão dessas máquinas em pista.

Contudo, no final dos anos 70, o calendário encheu-se com mais provas na Europa e fora dela, e o poder da televisão fazia com que este tipo de provas fossem cada vez mais desnecessárias. Mesmo corridas com tradição como a Race of Champions teriam de viver sem os carros de Formula 1 e arranjar outros carros, como a Formula 2 ou mais tarde, a Formula 3000.

A última vez que Brands Hatch tinha recebido carros de formula 1 para a sua Race of Champions tinha sido em 1979, quando Gilles Villeneuve bateu Niki Lauda e Mário Andretti para ser o vencedor, e quatro anos depois, treze carros iriam participar, incluindo uma estreia: Stefan Johansson, no seu Spirit-Honda. Para o sueco era um regresso, mas a nova equipa, que tinha tido um sucesso na Formula 2, era um salto acompanhado dos motores Honda Turbo, que voltavam depois de quinze anos de ausência.

De todos, o único que alinhou com dois carros foi a Theodore, com Roberto Guerrero e Brian Henton no lugar de Johnny Cecotto. Foi uma corrida interessante, com Keke Rosberg, o poleman, a conseguir superar René Arnoux para ser o vencedor da corrida de 40 voltas. Depois disso, a ideia de uma corrida extra-campeonato passou para os livros de história, e nos tempos que correm, essa ideia é cada vez mais uma improbabilidade.

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