O último dia do mês foi aproveitado para a Force India anunciar que Vijay Mallya não é mais o seu diretor. Oficialmente, será o seu filho, Siddarth Mallya, que o vai substituir, mas desde há meses que se fala da compra da equipa por parte da firma de bebidas energéticas Rich Energy, falando-se até de um preço a rondar os 200 milhões de libras. Mas enquanto tal não acontece - e há quem diga que nunca vai acontecer - Mallya, que está a contas com a justiça na India, decidiu sair de cena.
"Eu continuo como diretor de equipa", começou por dizer Mallya à Autosport britânica.
"Não houve obrigação [vinda de] nenhum lado para se demitir, é só que decidi que meu filho deveria me substituir. Eu tenho minhas próprias questões legais para cuidar, então é melhor que a empresa não seja afetada", continuou.
Quanto às possibilidades de venda, Mallya não as leva muito a sério.
"Os rumores valem o que valem, e as pessoas falam, conversam e conversam. É disso que se trata o paddock da Formula 1. As finanças da Force India, quer esteja vendendo ou não, tem sido uma questão de especulação [desde há] muitos anos [a esta parte]", afirmou.
"Não andamos por aí com um sinal de 'vende-se'. O importante é que estamos nos concentrando em obter o melhor desempenho do carro, e essa é a nossa prioridade. Estamos nos concentrando em conseguir mais patrocinadores. Não sou o único [acionista], existem mais dois, recordo-lhe. Se alguém fizer uma oferta séria e colocar dinheiro na mesa, nós a consideraremos em conjunto", concluiu.
Siddath, de 31 anos, é mais conhecido na Índia pelo seu perfil de ator e personalidade mediática, mas também está no negócio da família, especialmente na parte do cricket, onde é um dos diretores da equipa Royal Challengers de Bangalore.
Quanto a Mallya, em tempos um dos homens mais ricos do país, comprou a Force India em 2008 à Spyker, e desde então tem cuidado da equipa, enquanto se metia noutros negócios como a Kingfisher Air, uma companhia aérea de "low cost" que faliu em 2014, e que é a origem dos seus problemas com a justiça local. Outro dos seus sócios, Subrata Roy Sahara, está preso desde então, mas por causa de um problema fiscal com o governo indiano. Nada disso afetou a performance da equipa, que nas últimas duas temporadas foi quarta classificada no Mundial de Construtores.
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