Domingo foi um grande dia para a Austrália. À tarde, Daniel Ricciardo tornou-se no terceiro piloto a vencer no Mónaco, depois de Jack Brabham e Mark Webber, e agora, pelo final do dia, meio da tarde dos Estados Unidos, Will Power tornou-se no primeiro australiano a vencer no "Brickyard", depois de onze tentativas.
Para Will Power, de 37 anos, é o culminar de decada e meia no automobilismo americano. Começou na ChampCar, o resquício da CART, onde venceu duas corridas, para depois passar à IndyCar, com a KV Racing. No ano seguinte, foi para a Penske, onde está até aos dias de hoje. Ali, tornou-se num dos pilotos mais estáveis da competição, acabando por vencer por 22 vezes, três dos quais no circuito de Indianápolis (no circuito que foi construído para a Formula 1) , em 2015, 2017 e 2018.
Power, para além disso, foi campeão em 2014 e vice por quatro vezes (2010-12 e 2016), mostrando consistência em todo o caso. Mas ele também tem "buracos" na sua carreira, um dos quais preencheu hoje. E um deles é que ele nunca foi um piloto de ovais. Dessas 22 vitórias, cinco foram ali: duas no Texas, duas em Pocono e uma em Milwaukee. E ele admitia que correr no Brickyard era intimidante, apesar de um segundo lugar na edição de 2015.
O final, o rapaz de Toowoomba conseguiu, de uma certa forma, um lugar no Olimpo de uma nação que também é automobilística. O país que tem Bathurst e Surfers Paradise, e onde a Formula 1 sempre gosta de começar a sua temporada, no Albert Park, em Melbourbe, que deu ao mundo pilotos desde "Black Jack" a Mark Webber, passando por outras lendas como Peter Brock, Alan Jones, Larry Perkins ou Mark Winterbottom, entre outros. E uma categoria única no mundo, os Supercars, com as suas batalhas entre a Ford e a Holden.
No fundo, foi uma vitória popular, mesmo quando uma corrida como estas é mais resultado de sorte, por muita estratégia que se tenha.
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