quinta-feira, 17 de setembro de 2020

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Damon Hill
faz hoje 60 anos. O filho de Graham Hill lutou muito para chegar à Formula 1, e ao contrário do que acontece agora, chegou muito tarde à categoria máxima do automobilismo, aos 31 anos. Chegou ainda mais tarde que o seu pai, que começou a correr em 1958, pela equipa oficial da Lotus. Mas depois de meia temporada na Brabham, em 1992, ele foi logo para a Williams, a melhor equipa do pelotão, e logo no primeiro ano completo, acabou com três vitórias e o terceiro lugar no Mundial de pilotos.

Correu com Alain Prost, Ayrton Senna, Nigel Mansell, Jacques Villeneuve, mas também com David Coulthard, Ralf Schumacher e Heinz-Harald Frentzen. A cena da sua ida para a Arrows ainda está na história como sendo uma das decisões mais estranhas e inexplicáveis da história da Formula 1.

Contudo, poucos sabem que o final da sua carreira poderia ter acontecido a meio de 1999. Hill, aos 38 anos, já estava farto da Formula 1, e apesar de ter vencido o GP da Bélgica, no ano anterior, tinha sido porque todos os outros desistiram, e também porque a certa altura, a boxe da Jordan disse a Ralf Schumacher para abrandar o seu ritmo e o obrigou a ir atrás dele porque tinham decidido que aquela dobradinha seria para Damon e não para o irmão de Michael Schumacher. Mas no inicio de 1999, ele não queria mais correr. E pretendia ir embora após o GP da Grã-Bretanha, de forma simbólica.

Jordan chegou a contratar um piloto para ficar com o seu lugar, o holandês Jos Verstappen, e Hill tinha apenas conseguido três pontos em Imola, e não estava contente, quando em contraste, Heinz-Harald Frentzen era bem mais regular, com pódios e uma vitória em Magny-Cours. Os rumores voavam na altura, especialmente depois de um acidente no GP do Canadá, onde disse que poderia considerar a ideia de ir embora. Na realidade, queria ir embora de imediato, mas Eddie Jordan pediu para que ficasse, pelo menos até Silverstone, o que acedeu.

Lá, Hill mostrou um pouco da garra que tinha ido embora. Fora sexto na grelha e acabou a corrida na quinta posição, um lugar atrás de Frentzen. E com o público a apoiá-lo, achou que era mais do que suficiente para poder continuar, acabando por conseguir mais dois pontos naquela temporada, com dois sextos na Hungria e Bélgica. Aos 39 anos de idade, pendurava o capacete, depois de 22 vitórias, 42 pódios, 20 pole-positions e 19 voltas mais rápidas.

Assim sendo, feliz aniversário e que fala muitos mais!

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