terça-feira, 13 de outubro de 2020

A imagem do dia


Nem sabia disto até alguém chamar a atenção. É que desde o passado dia 20 de setembro que o clube dos ex-pilotos de Formula 1 tem, pela segunda vez na sua história, um piloto centenário. E o piloto em causa, apesar de hoje em dia estar algo obscurecido, esteve na Formula 1 nos seus tempos iniciais, e envolvido na direção e financiamento de uma das primeiras equipas britânicas, a Connaught Engeneering.

Kenneth McAlpine vem da familia de uma das mais antigas firmas de construção da Grã-Bretanha. De origem escocesa, nasceu a 20 de setembro de 1920 em Cobham, no Surrey, e dpeois da II Guerra Mundial, onde esteve ao serviço da RAF, interessou-se pelo automobilismo, onde adquiriu uma participação maioritária na Connaught Engeneering. Com o tempo, participou como piloto quer na Endurance, quer na Formula 1, fazendo a sua estreia em 1952, no GP da Grã-Bretanha, num Connaught Type A, onde acabou na 16ª posição. Ele iria participar em mais seis provas, em 1953 e 55, com o seu melhor resultado um 13º posto no GP da Alemanha de 1953.

Mas fora das corridas oficiais, ele vai ajudar na carreira de jovens pilotos. Sendo ele um dos financiadores da equipa, deu um volante ao jovem Tony Brooks, que em 1955, no GP de Siracusa, na Sicilia, conseguiu uma vitória suficientemente impactante para que ele acabasse por ter uma carreira na Formula 1. E ele ficou na equipa até 1958, quando a equipa faliu e os bens foram vendidos, incluindo dois chassis, um deles para um jovem Bernie Ecclestone.

Depois de acabar a sua carreira no automobilismo, estabeleceu um negócio de vinhos no Kent, onde decidiu dedicar-se por boa parte da sua vida. E desde o dia 20 de setembro, tornou-se no segundo piloto centenário na história da Formula 1, nove anos depois do alemão Paul Pietsch, que também era um dos últimos pilotos de Grand Prix dos anos 30. Um feito para comemorar.

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