Falava-se muito, especialmente na imprensa alemã. Não acreditava muito que eles anunciassem tal decisão, pelo menos depois de ouvir da boca de Willi Weber que só decidiria após o período do Natal e Ano Novo. Afinal, foi um pouquinho antes. Primeiro foi o jornal Bild, depois foi a BBC Sport e a Grandprix.com a anunciarem na terça-feira à noite que Michael Schumacher, heptacampeão do mundo de Formula 1 e que fará 41 anos no próximo dia 3 de Janeiro, regressará à Formula 1 ao serviço da Mercedes, quatro temporadas depois da sua última corrida, no autódromo de Interlagos.
O contrato foi assinado em Brackley, a sede da ex-Brawn GP, nesta terça-feira e terá a duração de um ano. Tal decisão não sei se vai ser tão festejada ou comentada como aconteceu em Agosto, quando a Ferrari anunciou o seu regresso - que se revelou abortado – no intuito de substituir o acidentado Felipe Massa. É certo que 90 por cento dos seus adeptos festejam o seu regresso, julgando que voltarão a ver o velho Schumacher do passado, pensando que ainda tem 30 anos e que só a sua presença será o suficiente para impor respeito face a pilotos como Lewis Hamilton, Fernando Alonso ou Sebastien Vettel.
Mas reparem: Schumi é quase 17 anos mais velho que “Seb”, por exemplo. E poderia passar perfeitamente por “pai” de Jaime Alguersuari, pois o piloto espanhol nasceu em 1990, na altura em que o heptacampeão alemão já corria no Mundial de Sport-Protótipos, ao serviço da Júnior Team… da Mercedes, ao lado de Karl Wendlinger e Heinz-Harald Frentzen.
É certo que não regressa pelo dinheiro, pois aparentemente aceitou uma proposta a rondar 3,5 milhões de dólares para correr durante uma temporada, e depois teria logo a seguir um cargo como “embaixador” ou “conselheiro” da Mercedes. É certo que em 2010 volta a sua já lendária parceria com Ross Brawn, o homem que o ajudou em muita da sua carreira, primeiro na Benetton e depois na Ferrari. Se vai ser igual a Lance Armstrong, outra lenda desportiva que, depois de vencer por sete vezes consecutivas o “Tour de France”, foi-se embora, mas regressou à competição pouco depois, mantendo a sua forma, iremos ver. Se conseguir vencer corridas depois deste regresso, pois sabe que á partida terá um bom carro à sua espera, ainda ganhará mais um capítulo à sua já gloriosa carreira, salpicada com episódios negros sobejamente conhecidos de todos nós.
Mentalmente, este regresso está a impor-me a seguinte pergunta: o que quererá provar com este regresso? Que continua competitivo aos 41 anos? Que será a carta para dar à Mercedes, ex-Brawn GP, uma hipótese de revalidar o título de campeão de Construtores? E poderemos contar Schumi para um “Octa”? E os ardentes “tiffosi” da “casa di Maranello”, como reagiriam a tal coisa? Passariam a tratá-lo como traidor?
São perguntas cuja resposta só será respondida nas semanas e meses que se seguem. Mas à medida que cada peça do “puzzle” começa a ser colocada na temporada de 2010, mais se começa a desenhar uma constelação impar na história da Formula 1. E sei que neste momento há alguns homens felizes, e sim, Bernie Ecclestone veio à minha mente. Sim, deve pensar no dinheiro extra que vai receber em 2010 só com este regresso...
O contrato foi assinado em Brackley, a sede da ex-Brawn GP, nesta terça-feira e terá a duração de um ano. Tal decisão não sei se vai ser tão festejada ou comentada como aconteceu em Agosto, quando a Ferrari anunciou o seu regresso - que se revelou abortado – no intuito de substituir o acidentado Felipe Massa. É certo que 90 por cento dos seus adeptos festejam o seu regresso, julgando que voltarão a ver o velho Schumacher do passado, pensando que ainda tem 30 anos e que só a sua presença será o suficiente para impor respeito face a pilotos como Lewis Hamilton, Fernando Alonso ou Sebastien Vettel.
Mas reparem: Schumi é quase 17 anos mais velho que “Seb”, por exemplo. E poderia passar perfeitamente por “pai” de Jaime Alguersuari, pois o piloto espanhol nasceu em 1990, na altura em que o heptacampeão alemão já corria no Mundial de Sport-Protótipos, ao serviço da Júnior Team… da Mercedes, ao lado de Karl Wendlinger e Heinz-Harald Frentzen.
É certo que não regressa pelo dinheiro, pois aparentemente aceitou uma proposta a rondar 3,5 milhões de dólares para correr durante uma temporada, e depois teria logo a seguir um cargo como “embaixador” ou “conselheiro” da Mercedes. É certo que em 2010 volta a sua já lendária parceria com Ross Brawn, o homem que o ajudou em muita da sua carreira, primeiro na Benetton e depois na Ferrari. Se vai ser igual a Lance Armstrong, outra lenda desportiva que, depois de vencer por sete vezes consecutivas o “Tour de France”, foi-se embora, mas regressou à competição pouco depois, mantendo a sua forma, iremos ver. Se conseguir vencer corridas depois deste regresso, pois sabe que á partida terá um bom carro à sua espera, ainda ganhará mais um capítulo à sua já gloriosa carreira, salpicada com episódios negros sobejamente conhecidos de todos nós.
Mentalmente, este regresso está a impor-me a seguinte pergunta: o que quererá provar com este regresso? Que continua competitivo aos 41 anos? Que será a carta para dar à Mercedes, ex-Brawn GP, uma hipótese de revalidar o título de campeão de Construtores? E poderemos contar Schumi para um “Octa”? E os ardentes “tiffosi” da “casa di Maranello”, como reagiriam a tal coisa? Passariam a tratá-lo como traidor?
São perguntas cuja resposta só será respondida nas semanas e meses que se seguem. Mas à medida que cada peça do “puzzle” começa a ser colocada na temporada de 2010, mais se começa a desenhar uma constelação impar na história da Formula 1. E sei que neste momento há alguns homens felizes, e sim, Bernie Ecclestone veio à minha mente. Sim, deve pensar no dinheiro extra que vai receber em 2010 só com este regresso...
4 comentários:
Olá,
Penso que com este regresso o Michael não esteja a querer provar nada. Penso que ele já não tem nada a provar. Na minha opinião ele regressa por gozo. Pelo gozo que dá a corrida, pela adrenalina, pela necessidade de competir. Sem admitir a vontade de ganhar, mas desejando-a intimamente.
Eu compreendo-o perfeitamente e apoio a decisão. Preferia que o tivesse feito pela Ferrari e não pela Mercedes. Mas sendo ele alemão, falam a mesma língua, até os tiffosi devem perceber isso.
Cumprimentos.
Bino
Ele voltou para trucidar mais um Senna... \o/
Penso que o homem não tem mais nada a provar para ninguém.
E que sua volta vai ser, ao menos para nós fãs, uma imensa diversão.
Go Schumy, go.
Belo texto !! Parabens !!
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