A Autosport britânica anuncia esta manhã que Ferrari e Red Bull anunciaram esta manhã que irão abandonar a FOTA, descontentes com o rumo seguido pelas negociações sobre o acordo de redução de custos. A noticia soube-se esta manhã, embora nenhuma das equipas em questão fez qualquer comentário, algo que a FOTA já reagiu através de um porta-voz:
“A FOTA confirma que recebeu a renúncia de duas escuderias. Enquanto considera seus próximos passos, a FOTA continuará a trabalhar em nome de seus membros para alcançar os objetivos da organização”, afirmou esse porta-voz.
De acordo com o último estatuto da FOTA, as marcas representadas precisam de avisar com dois meses de antecedência que irão deixar a organização, o que significa que Red Bull e Ferrari oficialmente abandonarão a entidade no início de fevereiro do ano que vem, o que dá espaço de manobra para que cheguem a um acordo e mudem de ideias.
Esta tomada de posição das duas principais equipas do campeonato tem a ver com a falta de acordo em relação aos gastos que as equipas podem ter ao longo de uma temporada, o famigerado RRA (Resource Restriction Agreement). No último final de semana, no Brasil, a FOTA reuniu-se e decidiu que as cinco principais equipas - McLaren, Red Bull, Ferrari, Mercedes e Renault - iriam tentar chegar a um acordo entre si para que alcançassem um entendimento em relação às regras e respectivo policiamento. Mas parece que tal não aconteceu... e agora, tem de se elaborar um acordo ao cronómetro, se querem salvar a FOTA e controlar os custos para os próximos anos.
As atitudes de Ferrari e Red Bull são apenas o concretizar de ameaças feitas ao longo deste ano, devido à crónica falta de acordo nesse campo. Ambos os lados tinham expressado esse descontentamento no inicvio de outubro, na Coreia do Sul: “Se isso [desconfiança] vem da FOTA, então o que é a FOTA? Conhecemos o porquê do início da FOTA e agora precisamos entender se ela ainda é necessária. Quais são os objetivos da FOTA? Há um futuro para FOTA? Temos de decidir isso de maneira muito construtiva e aberta. Acredito que esta discussão será muito importante nas próximas semanas.”, afirmara então Stefano Domenicalli, diretor desportivo da Ferrari.
Quanto a Christian Horner, ele afirmara na mesma ocasião: “Acho que a FOTA chegou a uma encruzilhada em que se precisa avançar com alguns dos principais problemas ou vamos parar – é simples. Os principais problemas são obviamente o Pacto de Concórdia, a direção na qual ele vai, e fundamentalmente o RRA. Se não chegarmos a um acordo dentro da FOTA em relação a isso, então qual será o propósito da associação?”
Caso a ameaça desta manhã seja confirmada, poderá ser um sério revés à unidade das equipas e à continuidade da FOTA. E claro, Bernie Ecclestone esfregará as mãos de contente pois poderá fazer um acordo com quem quiser e bem apetecer, usando os argumentos que os dividiram a seu favor e paga o que tem de pagar para proteger os seus interesses por muitos mais anos. Logo, tem um acordo o mais cedo possivel para o controlo de custos, bem como a sua monitorização, uniformizando o mais possivel os seus modelos de negócio, por exemplo, seria o ideal para enfrentar Bernie Ecclestone nos desafios que tem pela frente, como as negociações do novo Pacto de Concórdia, que deverão acontecer no próximo ano...
1 comentário:
Um Erro tão grave e idiota como o cometido pelos clubes brasileiros esse ano quando da renovação dos contratos de TV do campeonato brasileiro.
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