Indianápolis, 2005. A largada do GP dos Estados Unidos desse ano, com apenas seis carros presentes. após o boicote dos pilotos que calçavam Michelin, após um forte acidente sofrido por Ralf Schumacher durante a qualificação, devido ao rebentamento de um pneu. A ameaça de boicote concretizou-se, e apenas seis carros alinharam na corrida, todos eles com pneus Bridgestone: Ferrari, Jordan e Minardi.
De uma certa maneira, foi a Formula 1 no seu Grau Zero, e isso teve consequências: a partir do final de 2006, houve um monopólio no fornecedor de pneus, como se fosse um contrato. Primeiro foi a Bridgestone, depois a Pirelli. Para Michael Schumacher foi a sua única vitória do ano, e para Tiago Monteiro, foi o seu único pódio da sua carreira, e o último da Jordan.
Eu vi partes da corrida, apesar de estar em viagem naquele dia para umas curtas - mas merecidas - férias. E vi os protestos e os apupos da multidão em fúria, que pagaram caro para assistir a um triste espetáculo, ainda por cima num sitio onde Bernie Ecclestone tenta há anos implementa a Formula 1, sem grandes resultados.
Estamos a um semana de outro GP americano, em Austin, e agora soube-se que teremos 18 carros presentes. Um dos números mais baixos desde o final dos anos 60, quando tivemos corridas disputadas por 14 carros em 1969, por exemplo. Primeiro a Caterham, agora a Marussia, decidiram pedir dispensa de irem a Austine e a Interlagos, prometendo ir para Abu Dhabi, a última corrida do ano. Não sei se isto é o caminho para o Grau Zero, mas cada vez se vê que esta Formula 1 começa a ser insustentável. E a solução apresentada - três carros por equipa - têm mais desvantagens do que vantagens.
Vamos a ver no que vão decidir. Ainda temos de ouvir o que a FIA pensa disto.
1 comentário:
apesar de entender os motivos do boicote, foi estranho ver o gp americano com apenas 6 carros...
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