No final da semana, a 1 de agosto, passarão 35 anos sobre a morte de Patrick Depailler, um dos pilotos mais marcantes dos anos 70. Piloto da Tyrrell, Ligier e Alfa Romeo, correu em 95 Grandes Prémios, em oito temporadas, vencendo duas corridas, uma pole-position e quarto voltas mais rápidas, num total de 139 pontos.
Nascido a 9 de agosto de 1944 em Clermont-Ferrand, era filho de arquitecto e chegou a estudar para ser dentista. Mas o automobilismo levou a melhor e teve uma carreira nas competições de base, principalmente como piloto da Alpine.
Em 1972, teve a sua primeira grande chance em experimentar um Formula 1, no GP de França. A Tyrrell era a grande equipa do momento, a par da Lotus e da Ferrari, e Jackie Stewart não estava em força por causa de uma úlcera que o forçou a ficar de fora do GP da Bélgica. A Elf, uma das patrocinadoras da marca, pediu a Ken Tyrrell para que fornecesse um terceiro carro para a corrida francesa, e deu uma chance a Depailler.
O piloto francês, então com 27 anos, aproveitou da melhor maneira possível a chance de correr na sua terra natal. É que o GP de França, naquele ano, correu-se em Charade, nos arredores de Clermont-Ferrand, a sua cidade de nascimento. Charade, o "Nurburgring francês", com os seus oito quilómetros de extensão, era propício a furos, graças às pequenas pedras que eram lançadas pelas rodas dos carros para os capacetes dos pilotos. Helmut Marko que o diga, pois carrega as cicatrizes até hoje.
Depailler (aqui, numa foto tirada por Bernard Cahier) não desiludiu. Sem grande experiência, foi 16º numa grelha de 24 carros, mas a corrida ficu marcada por um furo, que o colocou muito distante na classificação geral. Aliás, nem ficou classificado, pois chegou a cinco voltas do vencedor, um regressado Jackie Stewart. No final, ele sabia que iria ter uma nova chance num futuro próximo. Foi o que aconteceu no final dessa temporada, em Watkins Glen, onde acabou à porta dos pontos, no sétimo lugar.
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