O fim, faz hoje 35 anos. O 1º de agosto de 1980 calhou a uma sexta-feira, mais de uma semana antes do GP da Alemanha daquele ano, e Patrick Depailler queria aproveitar todas as chances de melhorar o Alfa Romeo modelo 179, que já tinha conseguido melhorar em termos de performance, mas faltava ser fiável.
Apesar de ter falhado todas as chances de terminar corridas, Depailler não queria ficar parado. Queria aproveitar todas as chances para fazer evoluir um carro como aquele, cujo chassis até era bom, mas tinha um péssimo motor, mal construído por Carlo Chiti, que tinha muita fama, mas o seu sucesso nestes tempos de Formula 1 tinha escapado. Mesmo assim todos acreditavam naquele carro.
Apesar do descanso que teve, e apesar de já se ter passado um ano desde o seu acidente de asa delta, Depailler ainda tinha dificuldades em entrar no carro. E antes, teve a sua quota parte de sustos, especialmente depois de, semanas anter, ter perdido o controle do seu carro em Paul Ricard, quando oum braço da suspensão de partiu. Se ele fosse supersticioso, teria decidido fugir desse carro e esquecer a Formula 1. Mas não era.
Apesar do descanso que teve, e apesar de já se ter passado um ano desde o seu acidente de asa delta, Depailler ainda tinha dificuldades em entrar no carro. E antes, teve a sua quota parte de sustos, especialmente depois de, semanas anter, ter perdido o controle do seu carro em Paul Ricard, quando oum braço da suspensão de partiu. Se ele fosse supersticioso, teria decidido fugir desse carro e esquecer a Formula 1. Mas não era.
Nunca se soube bem as causas do acidente. Há a hipótese de que uma pedra tinha entrado dentro da saia lateral do seu carro, tapando o ar e perturbando o seu fluxo, fazendo com que quando chegasse à Ostkurwe, a mais de 320 km/hora, fosse em frente e batesse nos guard-rails, arrastando-se por mais algumas dezenas de metros, quase a lembrar o acidente de Francois Cevért, quase sete anos antes.
Contudo, a mais consensual é de que foi uma falha da suspensão, tal como tinha acontecido semanas antes em Paul Ricard. Irónicamente, a instalação de redes de segurança no circuito estava marcada para aquele dia.
Durante hora e meia, tentou-se socorrer Depailler. Tinha perdido muito sangue e tinha tido um forte traumatismo craniano. Mas depois de ser transportado para Mannheim, não resistiu aos ferimentos. Tinha 35 anos.
O acidente causou comoção no meio da Formula 1. Jacques Laffite não conteve as lágrimas quando venceu no mesmo local, dez dias depois. E a Alfa Romeo, só com um carro, levou Bruno Giacomelli ao quinto lugar, dando a marca mais dois pontos, depois dos dois conseguidos na Argentina. Até ao final do ano, iriam correr com os italianos Vittorio Brambilla e Andrea de Cesaris.
A 4 de outubro desse ano, a Alfa Romeo surpreendia toda a gente quando Giacomelli conseguia a primeira pole-position da marca desde o seu regresso, e a primeira desde 1951. Na corrida, o italiano andou na frente, de forma dominante, até que um problema elétrico na volta 32 acabou as suas chances de vitória. No final, homenageou o seu companheiro caído, afirmando: "Se tivesse sido ele, não teria deixado escapar esta vitória".
A 4 de outubro desse ano, a Alfa Romeo surpreendia toda a gente quando Giacomelli conseguia a primeira pole-position da marca desde o seu regresso, e a primeira desde 1951. Na corrida, o italiano andou na frente, de forma dominante, até que um problema elétrico na volta 32 acabou as suas chances de vitória. No final, homenageou o seu companheiro caído, afirmando: "Se tivesse sido ele, não teria deixado escapar esta vitória".
Quanto ao local do acidente, foi feita uma chicane para abrandar os carros na curva. Anos depois, a primeira chicane foi chamada de "Clark", por ali ser o lugar mais próximo do seu acidente mortal. Foi pena não terem rebatizado a Ostkurwe com o seu nome. Ele merecia.
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