Havia expectativas de que a prova belga, conhecida pela sua distancia e pelo seu tempo instável, poderia ser uma prova algo diferente do normal. Havia previsões meteorológicas nesse sentido ao longo do fim de semana, mas quando chegou sábado, e as nuvens apareceram no horizonte sem fazerem nada para molhar a pista durante a qualificação, temi que domingo seria a mesma coisa, e a corrida fosse uma procissão onde os Mercedes iriam ganhar sem oposição.
De uma certa forma, os meus temores aconteceram, mas houve algumas coisas que tentaram compensar essa corrida aborrecida, mas não tiraram a placa do aborrecimento desta prova.
A corrida já começava com uma baixa: o McLaren de Carlos Sainz Jr. tinha problemas irresolúveis no seu escape antes da partida e o piloto espanhol iria ficar a ver a corrida das boxes. E em termos de escolhas de pneus, os três primeiros escolheram médios, enquanto boa parte do pelotão andava com moles. A fgrande excepção era Pierre Gasly, que começava com duros.
Poucos minutos depois, na partida, o normal: Hamilton na frente de Bottas, com Ma a tentar passar o finlandês, mas depois defendeu-se... dos Renault, especialmente o de Daniel Ricciardo, enquanto tinha Esteban Ocon atrás. Mais no meio do pelotão, Charles Leclerc ganhava posições, chegando a oitavo para depois perder para Pierre Gasly e Sergio Perez, porque os carros não tinha ritmo em reta. Tanto que na volta sete, estava fora dos pontos depois de perder o lugar para o McLaren sobrevivente de Lando Norris.
Na volta onze, um acidente perto de Stavelot, entre Antonio Giovinazzi e George Russell, faz com que apareça uma visão comum naquela pista: o Safety Car. O acidente foi feito, e havia destroços na pista que tinham de ser limpos. Isso foi o suficiente para o pelotão ir trocar de pneus, quase toda a gente calçou duros e aproveitaram o tempo até voltar à corrida, na volta 15.
Quando voltou, Gasly, o quarto, tentava defender-se de Perez e Ricciardo, mas conseguiu manter a posição nos primeiros metros. O mexicano, que não tinha parado quando foi a altura, era quinto, mas depois perdeu posições para Ricciardo e Albon no final da volta 18, altura em que trocou para duros, caindo para último. Nessa altura, Vettel conseguiu passar Leclerc para... 13º. Ferrari, em tempos de mortes horríveis.
A meio da corrida, Ricciardo passou finalmente Gasly para ser quarto, e pouco depois, o francês da Alpha Tauri foi às boxes, colocando Kimi Raikkonen nos pontos. Na frente, tudo normal, e no céu, não havia nuvens suficientes para se juntarem e fazerem chuva a tempo de fazer algo nesta corrida.
Na volta 37, Perez passou Kvyat para ser nono e tentar fugir de Gasly, que era naquele momento 11º, mas estava a menos de um segundo do mexicano da Racing Point. Mas por esta altura, quando Lewis Hamilton falou uma travagem para o Bus Stop, o pessoal começou a falar sobre os pneus duros, que chegavam perto do seu limite nas voltas finais da prova.
Mas apesar desse perigo, de pilotos dizendo que não sentiam os pneus - especialmente os frente-direito, os mais castigados - na frente, tudo na mesma, com Hamilton a vencer e Bottas em segundo. Max foi o terceiro, mas o mais interessante foi ver a melhoria da performance dos Renault, quarto e quinto, com Ricciardo ainda a fazer a volta mais rápida. E com as nuvens a obscurecerem o céu, mas não a tempo para mudar algo, foi assim que acabava o GP da Bélgica. Semana que vem, ia para Monza, onde para os Ferrari, o pesadelo continuava...
Já agora, mais uma retirada do Bottas e o Hamilton vence o campeonato em Portimão?
1 comentário:
Hoje, 30 de agosto de 2020, foi disputado o GP da Bélgica, Spa-Francorchamps, e na mesma pista completa-se 28 anos a primeira vitória na carreira de Michael Schumacher na Fórmula 1.
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